Ex-modelo é dona de mina de ouro na Costa do Marfim
A ex-modelo guineana Tiguidanké Camara se tornou a primeira mulher a ser proprietária de uma mineradora na região da África Ocidental. Em Guingouiné, uma pequena aldeia no oeste da Costa do Marfim, a Tiguidanké está à frente de uma equipe de dez pessoas, entre geólogos e operários, que prospectam ouro. "Quando era modelo, desfilei para joalheiros. Tinham licenças na África que os abasteciam de pedras preciosas", afirma. Ela foi considerada pela revista Jeune Afrique como uma das "50 mulheres de negócios mais influentes da África francesa".
Filha do ex-prefeito da cidade onde tem uma mina, a ex-modelo lançou em 2010 o Tigui Mining Group e comprou duas licenças de exploração de ouro e diamantes na Guiné, seu país natal, gastando as economias acumuladas nos desfiles e publicidades para marcas de luxo. Em 2016, obteve mais uma autorização para explorar e prospectar ouro na Costa do Marfim.
O setor de mineração marfinense, dominado pela produção de manganês e de ouro. A atividade contribui com 5% do PIB do país, cujo subsolo também é rico em diamantes, ferro, níquel, bauxita e cobre. No entanto, as mulheres representam apenas 112 dos 6.000 empregados diretos, e cerca de 400 entre os 30.000 indiretos no setor, segundo a Agrupação Profissional de Mineiros da Costa do Marfim. As informações são da agência de notícias AFP.
Montanha no fundo do mar é rica em minérios
Uma equipe de investigadores do Centro Nacional de Oceanografia (NOC, na sigla em inglês) do Reino Unido identificou um crosta de rochas rica em minerais raros nas paredes de um monte, localizado a 500 quilômetros das Ilhas Canárias e a mil metros da superfície. Segundo eles, as amostras trazidas à superfície detectaram a presença de uma substância rara conhecida como telúrio em concentrações 50 mil vezes mais elevadas que as já identificadas na terra.
O telúrio, comum em ligas metálicas, é usado também em um tipo avançado de painel solar. A montanha também contêm minerais e terras-raras. O monte submarino, cujo nome é Tropic, tem três mil metros de altura. Os pesquisadores do NOC usaram robôs submarinos para investigar a crosta de grãos finos que cobre toda a superfície da montanha e tem espessura de quatro centímetros. Bram Murton, líder da expedição, disse que esperava encontrar minerais em abundância no local, mas jamais imaginou que as concentrações dos mesmos seriam tão elevadas. "Esta crosta é incrivelmente rica e é isso que faz com que essas rochas sejam incrivelmente especiais e valiosas do ponto de vista de recursos", disse. As informações são da BBC.
Japoneses querem perfurar o manto da Terra
Um grupo de cientistas da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Terrestre-Marítima (Jamstec) quer perfurar, pela primeira vez, o manto da Terra. O projeto dos pesquisadores passará por um estudo preliminar, que deve acontecer em setembro deste ano, na região nordeste das ilhas do Havaí. A escolha do local está relacionada ao fato de que a crosta oceânica é mais fina do que a continental. Além do Havaí, México e Costa Rica são os outros candidatos à perfuração.
A crosta marítima do Havaí será a primeira a receber os pesquisadores pois a temperatura da área em torno da fronteira entre o manto e a crosta é relativamente baixa, de 150°C. Isso torna a perfuração e a observação mais fáceis. Contudo, a camada do local é um pouco mais profunda do que a dos outros lugares escolhidos. O objetivo da Jamstec é realizar as escavações do manto no início de 2020.
O manto compõe mais de 80% do volume da Terra. Ele é formado por rochas que se movimentam lentamente, o que afeta as placas tectônicas, a atividade vulcânica e a deriva dos continentes. Os pesquisadores esperam que a observação direta do local possa revelar a quantidade de água que o interior do planeta guarda e a sua dureza. As informações são do website The Japan News.