Desde dezembro do ano passado, eles trabalham para fundar uma associação nacional no setor em parceria com a ISEE. O órgão internacional tem uma representação acadêmica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os integrantes da ISEE no país querem agora criar uma entidade brasileira voltada para profissionais da área de Engenharia de Explosivos.
De acordo com Vitor Luconi Rosenhaim, engenheiro de minas que está liderando o processo de implementação da ABEE, a associação funcionará como um chapter da ISEE, ou seja, será uma filial local da entidade com toda autonomia necessária, possuindo diretoria e estatuto social próprios. “Foi realizada uma reunião em dezembro na USP, onde participaram 14 sócios que assinaram a petição solicitando a filiação e suporte da ISEE. Nesta mesma reunião também foi decidido que este chapter será uma associação nacional devidamente registrada”, afirmou.
Em entrevista ao NMB, em novembro do ano passado, o professor Enrique Munaretti, sócio da ISEE no Brasil, falou sobre o interesse em profissionalizar a entidade no país. “O próximo passo é tornar a ISEE uma instituição profissional. De qualquer maneira, a ISEE já é realidade no Brasil, na reunião de dezembro definiremos as possibilidades de expansão”, disse na época.
Segundo Rosenhaim, uma assembleia geral com os sócios da ISEE no Brasil está marcada para o mês de abril e oficializará a criação da associação, com a aprovação do estatuto social e uma eleição para a escolha da diretoria. Os interessados em se associar à ABEE deverão ser sócios da ISEE e devem entrar em contato diretamente com ele para serem adicionados à associação brasileira.
A ISEE já está presente no Brasil desde outubro de 2013, quando foi criada uma associação de estudantes, conhecida como student chapter, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Após o workshop realizado pela UFRGS alguns profissionais, sócios da ISEE, se reuniram e foi lançada a iniciativa de criarmos um chapter profissional da ISEE no Brasil”, disse Rosenhaim.
“A ISEE tem 40 anos de experiência no desenvolvimento de relações com agências, órgãos governamentais e com o público em geral em prol da indústria de explosivos. Ela dará suporte a ABEE em diversas áreas, como a disponibilização de informações e treinamentos com profissionais especializados na área de Engenharia de Explosivos”, afirmou o engenheiro.
A ABEE, que terá sede no Núcleo de Pesquisa para a Mineração Responsável da Universidade de São Paulo (USP), participará, de 8 a 12 de Fevereiro, da 40ª Conferencia Anual em Técnicas de Desmonte de Rochas e Explosivos, em Denver, no Estado do Colorado, nos EUA. Na ocasião, o professor Enrique Munaretti entregará uma petição ao diretor executivo da ISEE, solicitando a filiação da ABEE a ISEE.
“Nosso objetivo é estabelecer e manter um repositório de informações sobre a arte e a ciência da engenharia de explosivos e incentivar o seu uso, trabalhando junto com a ISEE para trazermos novas tecnologias e informações para o Brasil”, disse Rosenhaim.
Os interessados em se associar, devem entrar em contato diretamente com Vitor, pelos e-mails: vitor@copelmi.com.br ou sismicaengenharia@gmail.com. Segundo o engenheiro, as informações sobre o valor da associação na ABEE serão divulgadas posteriormente. O custo de associação a ISEE é de US$ 80 anuais para profissionais e US$ 20 para estudantes.
A International Society of Explosives Engineering – Brazilian Chapter recebeu seu certificado em 2013 e logo passou a formatar seu calendário de ações e introduzir seus princípios e missão para o mercado brasileiro. Existem 35 Chapters da ISEE que respondem pela entidade nos Estados Unidos, Canadá, Ásia e, na América Latina, a instituição está presente no Chile, Peru e no Brasil.