Os setores de energia, no Rio de Janeiro e Espírito Santo, e o de mineração, em Minas Gerais, têm aparecido como grandes destaques no mercado de trabalho, segundo o representante de Estratégia e Pesquisa da Catho, Luís Testa.
Os dados da pesquisa foram coletados nos últimos 12 meses, com 497 mil pessoas em 1.580 cidades do país. “O crescimento dos salários de profissionais da área é reflexo dos crescentes investimentos no país em infraestrutura de energia – incluindo todo o processo de exploração do pré-sal – aliados à falta de mão de obra especializada no segmento, que também eleva o valor do profissional capacitado”, disse Testa.
A remuneração muitas vezes é determinada pela lei da oferta e da procura, mas quando o conhecimento exigido é muito específico, como é o caso de empresas de energia ou eletrônicos, os salários tendem a ser mais altos, segundo o pesquisador.
O setor de Fabricação de Equipamentos Elétricos e Eletroeletrônicos ocupa o segundo lugar no ranking, com uma média salarial 34,79% superior a média nacional. Na terceira posição está a Indústria de Auto-Peças (com 34,07%), seguida do setor de Refinaria e Correlatas (com 33,56%) e Eletricidade, Gás, Água e Serviços Sanitários (com 30,66%).
A pesquisa salarial Catho confirma que o domínio da língua inglesa pode representar aumento de até 58,21% para cargo de supervisão, de 54,21% para gerentes, de 47,95% para coordenadores e de 20,28% para diretores.
A pesquisa registra a evolução salarial em relação ao nível de escolaridade. Em alguns níveis hierárquicos, como na diretoria, somente 2% não têm ensino superior completo. Para esses, a remuneração é de cerca de R$ 18,3 mil, crescendo para R$ 21,9 mil para os que têm curso superior; para R$ 22 mil os que têm especialização, para R$ 23,4 mil os que têm MBA e para R$ 24,3, os profissionais com mestrado e doutorado.