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Segundo especialistas, caso a China, principal consumidora de minério de ferro do mundo, permita a atracação de Valemax em seus portos, esse custo cairia em até US$ 7 por tonelada da commodity. Os navios não têm permissão para atracar em portos chineses, que autorizam apenas embarcações com até 250 mil toneladas de porte bruto. Os Valemax têm capacidade de 400 mil tpb.
Se os Valemax pudessem desembarcar as cargas diretamente nos portos chineses, seria possível economizar US$ 7 por tonelada, o que reduziria a desvantagem da Vale em relação as suas principais concorrentes Rio Tinto e BHP Billiton.
As produtoras australianas têm uma vantagem competitiva de cerca de US$ 10 por tonelada no custo do frete, em relação aos preços praticados pela mineradora brasileira. Os custos de transporte de minério de ferro da Vale, do Brasil para a China, estão em cerca de US$ 22 por tonelada.
A Vale atracou, recentemente, um de seus navios Valemax no porto de Kashima, da Nippon Steel & Sumitomo Metal (NSSMC). Foi a terceira fábrica japonesa da Nippon Steel a receber o Valemax, depois de Oita e Kimitsu.
De acordo com o website de notícias Forbes, estes embarques podem ser precursores de um contrato entre as duas empresas, visando o uso deste tipo de navio para o transporte de minério de ferro produzido pela Vale, no Brasil, para as plantas da Nippon Steel, no Japão.
Se a Nippon Steel concordar em usar navios Valemax para receber os embarques de minério de ferro, os custos cairiam em cerca de US$ 400 mil por carga recebida.
A redução de custos é um grande incentivo para os clientes da Vale, incluindo as siderúrgicas chinesas. Com as portas abertas no Japão, Malásia, Filipinas e Coreia, pode ser uma questão de tempo para que a China passe a aceitar os navios. Caso isto aconteça, ela daria um impulso às perspectivas de negócios da Vale.
Os Valemax têm 2,3 vezes a capacidade dos navios capesize, que normalmente fazem a rota entre o Brasil e a China. As embarcações foram construídos para atender, justamente, os mercados da Vale na Ásia, particularmente na China, responsável por 39% das vendas totais da empresa. As informações são da Forbes.