“Firmamos uma parceira com a BMV para levantar recursos para a instalação de uma planta de mineração no município de Itapetinga (BA). O ativo de mineração é a brita, agregado para construção civil de baixo valor agregado, mas com alto potencial de consumo na região do entorno da área de exploração, especialmente pela verticalização e obras de infraestrutura nos municípios de Vitória da Conquista, Itabuna e Ilhéus”, afirmou Diego Perez, cofundador da StartMeUp, ao Notícias de Mineração Brasil (NMB).
A oferta de investimento será de R$ 1,5 milhão de reais, com potencial para levantar até R$ 2,4 milhões. Os investidores poderão participar e parte dos resultados da exploração do ativo mineral por cinco anos. “Quanto maior o aporte na oferta, maior será a participação do investidor nos resultados do empreendimento, participando de uma fatia do faturamento do empreendimento enquanto o contrato de investimento estiver vigente”, disse Perez.
A empresa disse que a documentação para a oferta de investimentos da BMV foi protocolada junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização do mercado de capitais brasileiro, na segunda-feira (13). A StartMeUp disse que a oferta estará no ar até o fim de junho.
“Estamos lançando um serviço financeiro inovador, tanto para quem quer investir como para quem quer empreender. Com o acesso ao crédito restrito enxergamos o Equity Crowdfunding como uma excelente alternativa para a busca de recursos financeiros na internet, de forma simples, ágil, barata e desburocratizada”, afirmou Perez ao NMB.
A empresa StartMeUp foi fundada em 2012 e, após estudos de viabilidade, realizou a primeira captação por meio de equity crowdfunding em outubro de 2015, levantando R$ 300 mil para a própria plataforma e para desenvolver o sistema de captações múltiplas de investimento. Todo o valor pretendido foi arrecadado em 19 dias, causando inclusive uma fila de espera de interesse com aportes adicionais de R$ 150 mil.
Perez disse que, por serem consideradas operações rentáveis, de custo moderado e com alto potencial de lucratividade, pequenos e médios empreendimentos de mineração “se encaixam perfeitamente no perfil de empresa atendida pelo equity crowdfunding”.
Segundo a StartMeUp, no Brasil, apenas empresas constituídas na forma de Sociedade Limitada e que estejam regularmente enquadradas como Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), podem se beneficiar do tratamento diferenciado previsto no regulamento da CVM, que dispensa de registro a captação pública de investimentos realizada via equity crowdfunding.
A Brazil Mineral Ventures é o nome fantasia da empresa de razão social Brasil Empreendimentos Pesquisas e Mineração, sediada em Itapetinga (BA). A companhia tem 204 direitos minerários junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Os processos variam entre minério de ferro, cobre, fosfato e granito e todos estão em fase de pesquisa.
A StartMeUP tem sede em São Paulo (SP). O website da empresa possui ofertas abertas de outras companhias de segmentos diferentes, em busca de investidores por meio de equity crowdfunding.
Em países como Estados Unidos, Canadá e Austrália é mais comum identificar operações alternativas para captação de recursos de empreendimentos de mineração. A RedCloud Klondike Strike, sediada em Toronto, no Canadá, trabalha na captação de quatro mineradoras diferentes. As companhias Lupaka Gold, Brixton Metals, Anaconda Mining e Sarama Resources buscam um total de 7,3 milhões de dólares canadenses por meio de equity crowdfunding na RedCloud.
A Mineral Intelligence, sediada em Perth, na Austrália, também oferece uma plataforma para levantar fundos para mineradoras por meio de investimento colaborativo. No website da empresa ainda não constam ofertas abertas para investidores.