A Nasa está considerando ofertas de potenciais parceiros de negócios para o projeto Lunar Cargo Transportation and Landing by Soft Touchdown (Lunar Catalyst) que visa construir robôs de prospecção lunar, que seria o primeiro passo para a exploração de recursos valiosos da lua.
Segundo comunicado emitido pela Nasa em janeiro, o objetivo das parcerias é desenvolver novas espaçonaves e foguetes, capazes de transportar cargas comerciais para a superfície da lua.
Os recursos poderiam apoiar as atividades comerciais na lua, permitindo novas missões científicas e de exploração de interesse para a agência e para às comunidades científicas.
A agência foi forçada a iniciar o seu projeto Lunar Catalyst com um baixo orçamento, porque o governo dos Estados Unidos se recusou a fornecer qualquer financiamento.
O convite à iniciativa privada se diferencia dos outros acordos da agência com outras empresas fornecedoras de suprimentos para a Estação Espacial Internacional (International Space Station), que, por sua vez, é custeada pelos cofres públicos.
O diretor de sistemas de exploração avançada da Nasa, Jason Crusan, disse à agência de notícias AFP, que a mineração na lua está bem longe de ser um conto de fadas.
Ele informou que missões recentes no satélite natural da Terra já haviam revelado evidências de água e outras substâncias importantes na superfície da Lua. Mas, para analisar a extensão e a acessibilidade destes recursos, é necessário chegar até o solo lunar e explorar de perto.
“As possibilidades de vôos comerciais ao solo lunar poderia contribuir para a prospecção e utilização desses recursos, fato que poderia permitir as atividades comerciais e de pesquisa”, diz.
Segundo um dos executivos da diretoria de Missões Tripuladas de Exploração da Nasa, Greg Willians, a agência desenvolve um ambicioso plano de exploração de um asteróide em Marte e a indústria dos Estados Unidos pode criar oportunidades para a Nasa ter tecnologias mais avançadas de estudo da Lua.
"Nossos investimentos estratégicos nas inovações dos nossos parceiros comerciais foram bem sucedidas no reabastecimento da Estação Espacial Internacional, que deve ser seguido nos próximos anos pela equipe comercial. O Lunar Catalyst vai nos ajudar a avançar nossos objetivos para chegar a destinos mais distantes”, afirma.
Segundo o jornal The Independent, a questão de quem é o dono da lua e, portanto, dos possíveis lucros da mineração lunar, continua sem solução. É possível que, no futuro, o mundo comece a discutir seriamente a grilagem da Lua.