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Pelo menos no início, a substituição do coque de petróleo, que é utilizado atualmente pela indústria, não será completa. O carvão vegetal será responsável por até 50% da queima para o aquecimento dos fornos.
O eucalipto e o capim elefante foram escolhidos pelo seu alto poder calorífico. Além disso, as árvores permitem uma menor emissão de dióxido de carbono (CO2) como resultado da queima.
“A nossa proposta é contribuir com o meio ambiente em duas frentes: na substituição da matriz energética e no reflorestamento, para que a energia que utilizarmos não seja fruto de um desmatamento”, afirma o engenheiro e empresário Antônio Neto, sócio da Itatiba Mineração.
Mas além do poder calorífico, a escolha do eucalipto e do capim elefante se dá pela facilidade de plantio na Chapada do Apodi, onde está situada a Itatiba. O capim, como não tem raiz profunda, pode ser plantado em qualquer solo da Chapada do Apodi.
De acordo com Antônio Neto, o combustível vegetal na mineração é mais comum em outras regiões do país onde há maior abundância de água. “No Nordeste, somos pioneiros”, afirma.
A empresa criou o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com a finalidade de estudar fontes alternativas de combustíveis, visando substituir, ao máximo, a utilização de combustíveis fósseis, como o coque de petróleo (petcoke) por combustíveis oriundos da biomassa e por consequência, reduzindo os impactos gerados pela emissão dos gases oriundos do processo produtivo.
O empresário disse que foram investidos US$ 2,5 milhões em equipamentos e sistemas de controle e monitoramento ambiental. Os produtos da Itatiba Mineração irão abastecer os mercados da construção civil, siderurgia, pelotização, papel e celulose, indústria química e termoeletricidade.
O projeto de “Cal de Quixeré” é implantado em parte de uma área de 4.118 hectares, com reservas minerais que superam 1,3 bilhão de toneladas de calcário calcítico. As informações são do jornal Diário do Nordeste.