Segundo Conrado Bezerra, engenheiro de projetos da TMSA, a Telestack, companhia da Irlanda do Norte, possui uma tecnologia de carregadores móveis utilizados para o manuseio de materiais a granel. O diferencial do equipamento da empresa, além de não ser um tipo de transporte fixo, é o movimento radial e telescópico da lança.
“É um produto chave para o Equipo Mining. Trata-se de uma tecnologia bem mais prática. Facilita no empilhamento do material. Hoje, a TMSA oferece esse equipamento de forma personalizada para os clientes, porque os carregadores móveis podem atender a diversos tipos de aplicações”, disse Bezerra.
A moega supressora de pó, da DSH, é utilizada na descarga de produtos particulados de baixa umidade. Na descarga destes produtos, em função de suas características físicas e de ações do vento, existe a forte tendência a dispersão do material de menor granulometria (pó).
A moega é instalada logo abaixo do ponto de descarga do produto. O formato da moega e o peso do produto suprimem as partículas do material, eliminando quase que totalmente o ar contido no produto. Pela abertura inferior, é efetuada a descarga em uma coluna sólida, eliminando a dispersão do particulado mais leve.
Apesar da participação na feira dedicada ao setor de mineração, o engenheiro de projetos comentou que a TMSA tem tido resultados melhores com o setor portuário.
“O mercado não está bom, mas também não está morto. Estamos alcançando nossas metas em todos os setores, mais no portuário do que no de mineração. O setor portuário vai melhorar, porque a presidente Dilma Rousseff tem investido bastante em infraestrutura”, disse o engenheiro de projetos.
Bezerra afirmou que a TMSA mudou sua estratégia de abordagem aos clientes depois de ter observado que alguns produtos não estavam com a saída ideal. “Passamos a investir em outras áreas e estamos indo mais em brownfields. De qualquer forma, estamos muito a frente, porque somos uma empresa bem consolidada no mercado. Os concorrentes têm reduzido os custos e perdido em qualidade”, afirmou.
Segundo Bezerra, a TMSA tem parcerias exclusivas com a norte-irlandesa Telestack, com a neozelandesa DSH, com a australiana Transmin, com a austríaca Doppelmayr e com a francesa RBL. A TMSA não revelou mais detalhes sobre os contratos firmados com essas empresas.
A Transmin trabalha com alimentadores híbridos, que são robustos com elemento selante na correia. A companhia australiana tem vários contratos de longo prazo fechados com a BHP Billiton, de acordo com o engenheiro de projetos.
A Doppelmayr, companhia responsável pelos famosos bondes teleféricos do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, trabalha com correias transportadoras apoiadas em torres. Segundo Bezerra, são tecnologias ideais para sites onde há matas fechadas.
A RBL oferece correias transportadoras de longa distância que fazem curvas horizontais e verticais. De acordo com o engenheiro de projetos da TMSA, é um tipo de equipamento mais caro, porque é necessário implantar torres ao longo do trajeto para permitir que a correia faça curvas.
A sede da fábrica da TMSA no Brasil ficam em Porto Alegre (RS), onde a companhia fabrica os equipamentos das parceiras. A TMSA também possui uma filial em Belo Horizonte (MG) há cerca de oito anos, dedicada ao setor de mineração.