GERAL

OURO: Metal é cotado a US$ 1.180

Leia na coluna Ouro, de Mauricio Gaioti: preço do metal, no mercado internacional e nacional, e t...

Este artigo tem 7 anos. As imagens podem não ser exibidas.

MERCADO INTERNACIONAL

A quinta-feira que se passou representou bons ganhos ao ouro, ainda com movimento seguido por desvalorização da moeda americana, principalmente após quarta-feira (5), com o não consenso do FED a respeito dos possíveis desdobramentos econômicos que ocorrerão no governo Trump.

No geral, as moedas emergentes vêm se valorizando, com exceção do peso mexicano, que com a sua economia receosa devido a possível postura protecionista do novo presidente, leva o país a uma maior instabilidade.

Além disso, ontem foi divulgado número de trabalho americano um pouco abaixo da expectativa, o que no curtíssimo prazo, como indicador ainda solitário em vários bons números divulgados nos Estados Unidos, levam também a onça a se valorizar.

Este movimento no mercado pode significar dois tipos de leituras diferentes:

1. Mercado passou a considerar como arriscado o otimismo em exagero, considerando que a bolsa americana já atingiu níveis altíssimos, sem nem sequer o país ter começado, de fato, a crescer economicamente, conforme precificado em bolsa.

2. Mercado entende que não há viabilidade para o FED aumentar a taxa de juros de forma tão programada e consecutiva como proposto, tendo em vista que Trump nem se quer assumiu o cargo. Agora resistência da onça passa a ser US$ 1.180, e suporte US$ 1.160.

MERCADO NACIONAL – OURO

BMF&BOVESPA – R$ 120,80 o grama (Fechamento 6 de janeiro +0,66%)

DÓLAR

O dólar segue em mais um pregão de queda cotado a R$ 3,1975, desvalorização de 0,67% no dia, atingindo um dos menores patamares vistos desde o começo de novembro de 2016, quando Donald Trump ainda não havia sido eleito presidente dos EUA.

O movimento de desvalorização segue colado ao exterior com a continuada alta das commodities, principalmente minérios ligados ao setor de infraestrutura, que vem favorecendo a perspectiva dos emergentes, a qual, inclusive, agrega ainda mais na visão de possibilidade de estabilidade do Brasil, aumentando as chances de maior fluxo de entrada no país, tanto de capital especulativo, quanto para fusões e aquisições.

Além da já confirmada operação da Petrobras, outras empresas como Fibria e Braskem estão sinalizando estratégias para captação de recursos externos.

Estes argumentos ajudam a fundamentar um movimento de reajuste de preço na primeira semana do ano que seguirá com o governo Trump, no entanto, não podemos negligenciar o que esta a frente.

Por mais que o dólar esteja se desvalorizando neste momento, a tendência, em termos de possíveis proporções de riscos políticos atrelados a novas medidas econômicas, são de valorização da moeda americana.

O quanto vai se valorizar, depende da capacidade do Brasil em manter sua estabilidade e atrair investimentos. Muito importante lembrar que o Legislativo e Jurídico estão em recesso, mas assim que voltarem, sem dúvida, teremos novas agitações nas capas de nossos jornais.

A quem interesse comprar dólar para viajar, que compre agora, porque na casa das probabilidades, a alta ainda é rei.

Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com