MERCADO INTERNACIONAL
Onça praticamente sem movimentações ao longo do dia, cotada a US$ 1.202 com pequena valorização, durante o feriado nos Estados Unidos.
No entanto, é importante destacarmos o relatório que foi divulgado pelo Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council, em inglês) que apontou motivos para otimismo no investimento do metal precioso.
A maioria dos pontos levantados pelo conselho são apontamentos que tenho colocado ao longo das semanas em minhas análises, dentre as principais:
- Incerteza política na Europa turbinada pelas eleições que teremos a frente ao longo deste ano;
- Estabilidade de crescimento das economias asiáticas, principalmente China;
- Riscos atrelados às falas de Trump, desde geopolíticas até econômicas, principalmente relacionados à inflação americana.
Devemos lembrar que por mais que exista a possibilidade de aumentos seguidos dos juros americanos, um crescimento exponencial da inflação ruiria a atratividade dos juros americanos, exigindo melhores perspectivas do mercado acionário, que já está esticada em seus topos históricos, para que o ouro deixe de ser atrativo.
Além disso, China e Europa seguem representando fortes riscos ao mercado internacional, economicamente e politicamente.
Aqui no Brasil, com o metal valorizando junto à moeda americana, ouro bate R$ 124 o grama com valorização de mais 0,81% no primeiro dia da semana, com mercado ainda a espera de quarta-feira (18), quando haverá indicadores de maior destaque, além da posse de Trump no dia 20 e o anúncio das diretrizes de Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, em relação ao quão forte será o processo de ruptura com a União Europeia (Brexit).
MERCADO NACIONAL – OURO
BM&FBOVESPA – R$ 124 o grama (Fechamento 16 de janeiro +0,81%)
DÓLAR
O dólar fechou em alta de 0,50% cotado a R$ 3,2370 acompanhando movimento internacional, mesmo com menor volume devido ao feriado nos EUA. Os investidores ainda estão mais cautelosos a espera dos indicadores mais relevantes e do discurso do novo presidente americano.
A moeda americana se valorizou forte diante as demais moedas emergentes, vide rand sul-africano, ganhando números acima de 2%, enquanto no Brasil os desdobramentos da valorização foram mais suaves, tendo em vista a expectativa para maiores entradas de fluxo de dólar no país com as captações externas.
O Banco Central ainda não entrou a espera de maiores volatilidades no mercado, que anda calmo com os fatores de riscos internos políticos em recesso, e com um Trump soltando farpas mas ainda não empossado.
Enquanto o Brasil continuar equilibrando seus riscos e dando passos para as reformas, haverá menos força de valorização do dólar, mesmo que o aumento de valor da moeda americana seja inevitável.
A perspectiva ainda é de valorização a R$ 3,50 ao longo do ano de 2017, com a conjuntura atual que temos.
Hoje teremos números relacionados a inflação no Brasil publicados logo no início do dia, além do Empire State Manufacturing, que será publicado às 11h30.
Foco maior na fala de Theresa May, que deverá desenhar melhor o processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Enquanto nada é falado, a libra se desvaloriza perante o dólar.
Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com