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OURO: Otimismo subvaloriza o metal

Leia na coluna Ouro, de Mauricio Gaioti: preço do metal, no mercado internacional e nacional, e t...

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MERCADO INTERNACIONAL

A onça continua se movimentando com baixa volatilidade cotada a níveis de US$ 1.170 a espera da reunião do comitê de política monetária dos EUA (FOMC), que ocorrerá na próxima semana, provavelmente aumentando a taxa de juros americana.

Considerando que o aumento dos juros americanos já está precificado pelo mercado, este suporte que ronda entre US$ 1.160 a US$ 1.170 se tornou importantíssimo para o ouro, sendo que, caso haja o seu rompimento por algum motivo pontual, veremos, sem dúvida, uma forte pressão de venda em cima da commodity, fazendo com que toda valorização ao longo do ano seja devolvida.

Com isto, os testes para essa pressão de venda seriam, ao passar US$ 1.160, primeiramente US$ 11.40, depois US$ 1.100, podendo testar em um caso extremo US$ 1.040, fundo este de dezembro do ano passado, o qual, a partir dai, passou a se valorizar.

Portanto, conforme falado anteriormente há um otimismo tomado pelo imediatismo de coisas que ainda não aconteceram, fazendo com que o metal caia, mas os fundamentos econômicos e políticos estão tão frágeis, que basta uma faísca para tendência se reverter.

Para nós, no Brasil, preço entre R$ 126,00 a R$ 122,00 o grama será um valor interessante para compra.

MERCADO NACIONAL – OURO

BM&FBovespa – R$ 127,00 (Fechamento 6 de dezembro -1,32%)

DÓLAR

Dólar fechou em queda de 0,40% cotado a R$ 3,41, depois do começo de forte alta agitado com a situação política interna do país.

Após decisão do Senado de manter Renan Calheiros (PMDB) na presidência até que seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), fato que ocorrerá hoje, o real seguiu movimento no exterior de desvalorização do dólar, com menor aversão ao risco. A preocupação que os investidores têm com o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado é o adiamento da votação da PEC dos gastos, que deverá ocorrer dia 13 de dezembro, medida esta extremamente fundamental para controle das contas públicas.

A estabilidade interna nunca foi tão importante para os países emergentes, tendo em vista que estamos vendo internacionalmente uma onda de populismo propensa ao protecionismo, fruto de fraco crescimento econômico ou recessão, ou seja, o povo tem entendido que o problema do baixo crescimento se dá pela não priorização do país por si mesmo, logo, o comércio internacional está em xeque.

Já no cenário econômico, ontem o comitê de política monetária do Brasil divulgou a sua ata, que demonstra que o fraco desempenho econômico levará a novos cortes na taxa Selic, provavelmente de 0,50 pontos, no intuito de afrouxar as amarras e tentar acelerar o crescimento.

Para hoje o foco interno será voltado ao STF em relação a Renan Calheiros. Há a especulação de que Michel Temer estaria articulando para que ele seja mantido no cargo, no intuito de aprovar rapidamente as reformas econômicas propostas. Já em termos de indicadores internacionais, agenda será fraca, somente com relevância Estoques de Petróleo, divulgado às 13 horas nos Estados Unidos.

Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com