MERCADO INTERNACIONAL
Com um nítido otimismo pulsante na economia americana, com suas bolsas batendo novos recordes de preços históricos, levando a onça troy (ouro) a uma forte pressão de venda, o que o afundou no final da semana a níveis abaixo de US$1.160, o que nos leva ao perigoso teste dos US$1.120.
O corte na produção do petróleo arquitetado e executado pela Arábia Saudita trouxe mais um novo fator, além dos já existentes, que poderá fazer com que as ações subam mais, aumentando sua atratividade em relação aos metais, assim como também leva a uma perspectiva do aumento maior da taxa de juros americana caso a subida dos insumos impacte na sua inflação. Consequentemente, o mercado passou a precificar mais um fator que, conjuntamente a outros, mantém a pressão de venda no ouro.
Para esta semana os indicadores mais relevantes serão, a partir de quarta-feira, relacionados a Produção Industrial, Vendas do Varejo, Decisão do Comitê de Politica Monetária dos EUA (Fomc) e quinta-feira com índice do FED Filadélfia e Pedidos de Auxílio-Desemprego, que caso se confirmem com os recentes resultados americanos, poderão levar a onça a passar os US$1.140 até o final desta semana.
No mercado interno o ouro encosta no suporte de R$126, preço este antecedeu a última explosão do preço do metal (R$ 160), no entanto, não podemos ser otimistas e confiar neste suporte, tendo em vista que a conjuntura está totalmente diferente.
Preço-alvo da tendência: R$ 122,00.
MERCADO NACIONAL – OURO
BM&FBOVESPA – R$125,80 o grama (Fechamento 9/12 -0,94%)
DÓLAR
Dólar fechou a semana a níveis de R$ 3,37 (-0,31%), encerrando a semana com desvalorização de 2,9%, com os investidores sentindo maior alívio em relação ao quadro político, já que a volta de Renan Calheiros a presidência do Senado, demonstra, na perspectiva o mercado, maiores chances das reformas propostas pela equipe econômica do governo serem aprovadas.
O movimento da semana se descolou do mercado internacional, onde o dólar seguiu se valorizando com a perspectiva do aumento dos juros nesta semana que segue. Este fator demonstra que os países emergentes somente serão bem-sucedidos neste novo cenário, caso mantenham sua estabilidade politica e econômica o mais dentro do previsível.
No primeiro dia desta semana que se inicia, os indicadores serão poucos, sendo o foco interno as especulações sobre os possíveis impactos da delação premiada da Oderbrecht, o qual citou por várias vezes importantes peças do governo atual, inclusive Michel Temer, que de imediato, para tentar anular o efeito negativo, adiou para esta semana o lançamento de um pacto de medidas anticrise. De fato, sua impopularidade vem crescendo, principalmente com a reforma da previdência, o que já era esperado, no entanto, ao ser citado como corrupto em uma delação, a sua legitimidade pode ruir aos poucos, dificultando o caminho das reformas.
No cenário internacional, impacto imediato será de iminente alta do petróleo após a Arábia Saudita conseguir fechar o acordo do corte de produção não somente com a Opep, mas também com países que estão fora do cartel.
Consequentemente, na abertura do pregão de hoje é possível vermos um dólar em alta com a especulação sobre a instabilidade política de Temer, vide Odebrecht, mas a sua tendência internacional é de baixa com a valorização do petróleo.
Foco maior estará para amanhã (13) com a possível aprovação da PEC dos gastos no Senado e quarta-feira (14) com a reunião do Fomc, o qual, sem dúvida, aumentará a taxa de juros.
Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com