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MERCADO INTERNACIONAL
Com a onça cotada a US$ 1.170, o foco do mercado na última sexta esteve amplamente relacionado com os números do mercado de trabalho americano.
A expectativa que havia no mercado era de criação de 175.000 novos empregos, mas o número que veio a tona foi de 156.000. Má notícia? Não como um todo, pois mesmo abaixo da expectativa, houve sinal de contínua melhora no mercado de trabalho americano.
Desta forma, o ouro encerrou a sexta fechando sua segunda semana seguida em alta, assim com o índice Dow Jones, um dos principais indicadores americanos que mede o desempenho de ações industriais, esta flertando com os 20.000 pontos.
Ou seja, o que quero dizer com isso, é que nesta primeira semana que se passou o mercado não se arriscou em estourar novos números emblemáticos, considerados como números representativos de força, pois ainda é difícil tomar posição com a sombra política que paira. Logo, até que Trump assuma, o mercado terá dificuldade na escolha de ativos para se posicionar.
Além disso, devemos ainda manter no radar a situação econômica da China e Japão, além do já esquecido Deutsche Bank e União Europeia com a sua instabilidade “separatista”.
Principalmente no que tange China, não sabemos quando a bomba relógio vai estourar, pode ser este ano, ou um pouco mais além, mas a instabilidade do país asiático esta aumentando, afinal estão com dificuldade de convencer os próprios chineses a manter seus recursos em sua moeda local.
No primeiro sinal de forte instabilidade, este gatilho chinês pode fazer com que investidores migrem para os investimentos chamados lá fora como “Safe-Heaven”, ou seja, investimentos de refúgio à crise: ouro e dólar.
Para esta semana, olhos principalmente na quinta e sexta-feira, quando serão divulgados novos números da economia americana.
MERCADO NACIONAL – OURO
BM&FBOVESPA – R$ 120,43 (Fechamento 7 de janeiro -0,30%)
DÓLAR
O dólar fechou em alta de 0,80% cotado a R$ 3,2230 junto a movimento do exterior com a divulgação dos números do mercado de trabalho americano.
Os números decepcionaram as expectativas, mas não deixou de ser um número positivo e representativo, fazendo com que o dólar valorizasse, frente possibilidade maior dos aumentos das taxas de juros americanas que virão a seguir.
O mercado ficará flertando com o aumento da taxa de juros americana em cada indicador divulgado, em cada fala do FED, que nesta semana que segue será na quinta-feira, dia 12, até que Trump entre, e de fato demonstre sua real capacidade de realização de promessas feitas em campanha.
Conforme os indicadores vão sendo divulgados, maiores são as chances de fortalecimento do dólar frente as moedas emergentes, o que seria natural, tendo em vista a atratividade da economia americana, devido a sua alta estabilidade, logo, conforme já disse anteriormente, reforço, o real só poderá conter sua desvalorização perante o dólar, freando a alta entre R$ 3,50 a R$ 3,55, caso haja estabilidade política no país, e reformas efetivas, conforme o mercado espera.
Para esta semana, além da fala do FED, olho nos números da inflação brasileira, divulgados entre terça e quarta, Pedidos de Auxílio-Desemprego, dia 12 às 11h30, nos Estados Unidos; Vendas do Varejo, dia 13, às 11h30, nos EUA) e Confiança do Consumidor, também no dia 13, às 13 horas, nos Estados Unidos.
Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com