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OURO: Metal fechará o ano subvalorizado

Leia na coluna Ouro, de Mauricio Gaioti: preço do metal, no mercado internacional e nacional, e t...

OURO: Metal fechará o ano subvalorizado

MERCADO INTERNACIONAL

A onça se valorizou no último pregão se estabilizando em US$ 1.140, acompanhando movimento de outros metais preciosos, formando um novo suporte a ser operado ao longo desta semana.

No entanto, em uma semana de tão baixo volume como esta, qualquer lote um pouco maior pode mexer no mercado, tanto para cima quanto para baixo, então não podemos estabelecer um parâmetro confiável no que temos hoje.

Ainda é muito cedo para dizer qual será, de fato, a perspectiva para onça troy ao longo de 2017, pois arriscar dizer agora seria uma grande aposta, já que não sabemos ainda a real capacidade do governo Trump.

A princípio, seguindo a onda otimista que temos hoje, a onça troy não deve ter grandes ganhos, no entanto, olhando um pouco mais adiante, entendo que Trump trará muita volatilidade ao mercado, podendo inclusive fazer com que a onça volte a subir.

Devemos sempre lembrar que a dívida pública americana já é maior que o seu PIB, e as políticas que o novo presidente quer implantar causarão ainda maior insolvência.

Além disso, temos Ásia e Europa ainda muito frágeis, com poucos resultados econômicos, e no segundo caso, com muitas incertezas políticas, portanto, o otimismo atual pode ter sim, subvalorizado o ouro, inclusive aqui no Brasil, gerando uma boa oportunidade de compra.

MERCADO NACIONAL – OURO

BM&FBOVESPA – R$ 119,00 (Fechamento 27 de dezembro -1,51%)

DÓLAR

O dólar segue estável com baixo volume de negociação, cotado a R$ 3,2760, muito próximo de variação em 0% em relação ao fechamento diário.

Sem indicadores externos e com o cenário interno em recesso, o dólar vem flutuando abaixo de R$ 3,30, após o grande fluxo de entrada de capital no país ao longo da semana passada, com aquisições e fusões que ocorreram no cenário corporativo.

Para o próximo ano, a tendência é de que tenhamos uma valorização devido à volatilidade interna e externa.

Em relação ao cenário interno, teremos questões extremamente relevantes que poderão atingir em cheio a estabilidade do governo, vide probabilidade de cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE, o que tiraria o atual presidente do poder, votação para novo presidente da Câmara, que muito provavelmente poderá rachar o PMDB ainda mais, reforma trabalhista e da previdência, como medidas impopulares combinadas com uma recessão econômica infindável, já que a economia não vem mostrando grandes sinais de recuperação, a não ser a estabilização de inflação.

Já no cenário externo teremos, agora sim de fato, o governo Trump em ação, a Rússia ganhando ainda mais força como player internacional, eleições na Europa, o qual poderá reforçar ainda mais partidos que se opõe ao bloco econômico europeu, podendo fazer com que França e Itália também queiram sair, assim como fez o Reino Unido via referendo. Além disso, também devemos destacar um Japão estagnado e China desacelerando a passos largos.

Ou seja, definitivamente, 2017 será o ano da volatilidade.

Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com