GERAL

OURO: Metal recua 1% e é cotado a US$ 1.204

Leia na coluna Ouro, de Mauricio Gaioti: preço do metal, no mercado internacional e nacional, e t...

Este artigo tem 7 anos. As imagens podem não ser exibidas.

MERCADO INTERNACIONAL

A onça caiu no final de pregão de quarta-feira para US$ 1.204, com desvalorização de 1,05% com o FED mostrando otimismo em relação à situação econômica dos Estados Unidos.

O Livro Bege divulgado ontem (18), que demonstra as perspectivas oficiais da econômica americana, mostrou que o mercado manufatureiro está em contínua expansão, gerando crescimento do nível de emprego, além de nítidas evidências do aumento da inflação, que tem se intensificado nos últimos meses.

Além disso, houve uma fala de Yellen, presidente do FED, afirmando que a inflação tem se movimentado para o objetivo do Banco Central, enquanto a economia está se movendo ao pleno emprego. Com tudo isso colocado na mesa, podemos afirmar tranquilamente que ao longo do ano de 2017 haverá, ao menos, três aumentos da taxa de juros americana.

Hoje (19) será um teste de ferro para o ouro em sua cotação da onça troy, pois teremos novos indicadores a serem divulgados, que caso venham acima da expectativa, junto a uma fala forte de Trump sobre os seus incentivos para a economia americana, poderão facilmente jogar a onça abaixo de US$ 1.200 na mesma velocidade que ela subiu nos últimos dias.

MERCADO NACIONAL – OURO

BM&FBOVESPA – R$ 125 o grama (Fechamento 18 de janeiro +0,80%)

DÓLAR

O dólar fechou em alta de 0,30% frente ao real, voltando a ser cotado a R$ 3,22 acompanhando o movimento do exterior fundamentado em indicadores americanos divulgados com números acima do esperado. A produção industrial americana cresceu 0,80%, a expectativa era de 0,70%, e a inflação de dezembro foi a maior vista nos últimos dois anos e meio, convergindo para possibilidade do aumento da taxa de juros americana.

Agora, os investidores ficam de olho na posse de Trump e nos próximos indicadores: Pedidos de Auxílio-Desemprego, Índice FED Filadélfia e Casas Iniciadas, que poderão ajudar a tonificar a perspectiva de acelerado crescimento econômico americano.

O mercado agora tem como sua maior dúvida a real capacidade de realização do novo presidente americano, o que poderá ser testado em seu primeiro discurso como presidente.

O Banco Central junto ao Ministério da Fazenda tem tido uma fala mansa sobre o dólar, afirmando que os fatores internos de estabilidade prevalecem sobre uma alta agressiva da moeda americana, mas, mesmo assim, não deixou de rolar seus contratos e se preparar para uma possível intervenção em caso de volatilidade que cause o que eles chamaram de “distorção”, ou seja, movimentação de cotação rápida da moeda.

Sem dúvida, hoje será um dia de cautela que em seguida passará por fortes oscilações a partir da posse do novo presidente.

Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com