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Rio Tinto vai usar energia solar em mina de bauxita na Austrália

As empresas First Solar e Ingenero informaram hoje (21) que vão fechar um acordo com a Rio Tinto para fornecer painéis de energia solar para a mina de bauxita Weipa, em Queensland, na Austrália. Com a implantação da tecnologia sustentável, a companhia anglo-australiana visa diminuir os custos com combustíveis. O projeto, que vai combinar energia solar e diesel, deve custar cerca de US$ 10,5 milhões.

Rio Tinto vai usar energia solar em mina de bauxita na Austrália

Segundo informações da First Solar, a primeira fase do projeto vai ser financiada pelo governo da Austrália e está estimada em US$ 3,2 milhões. A segunda fase tem previsão de custo de US$ 7,2 milhões.

"Fechar um acordo com uma empresa do tamanho da Rio Tinto transmite uma mensagem forte para o resto do setor de mineração. Nós já percebemos um pequeno aumento no interesse por parte das companhias em projetos como o que vamos desenvolver para a Rio", disse Jack Curtis, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da First Solar.

A fabricante norte-americana de painéis solares pretende fornecer até 200 megawatts de capacidade para o setor de mineração dentro de três anos. A First Solar disse que também tem conversado com outras mineradoras a respeito de projetos híbridos.

O projeto da Rio Tinto deve começar com 1,7 megawatts, com previsão para aumentar para 5 megawatts, segundo informações da First. A primeira fase vai gerar eletricidade suficiente para abastecer até 20% da demanda diurna da operação e reduzir o consumo de diesel.

"O projeto é o primeiro com grande relevância que está sendo feito em todo o mundo para uma companhia do tamanho da Rio Tinto, então, tem-se um forte potencial de elevar esse projeto-piloto para níveis muito maiores em âmbito global", disse Curtis.

O acordo entre as empresas foi anunciado logo após o primeiro ministro da Austrália, Tonny Abott, comunicar que o governo do país quer que a Australian Renewable Energy Agency, a agência de energias renováveis da Austrália, economize US$ 1,2 bilhão em 2014. Curtis disse que não espera que essa medida afete o projeto com a Rio Tinto.

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