“Criamos um laboratório virtual em que podemos testar inúmeras variáveis, como transferência de calor, testes da capacidade da estrutura, fenômenos físicos, escoamento de ar quente ou frio. Calculamos tudo no comutador de forma mais barata e rápida. Para dois fenômenos físicos, são feitos milhares de virtuais, e ainda evitamos acidentes”, disse Maliska.
Segundo o presidente da companhia, o serviço ocorre de duas formas. A ESSS utiliza os softwares que já possui, recebe uma questão, analisa e fornece a resposta ou o cliente encomenda um software de teste customizado e começa a adotá-lo, o que significa treinamento e internalização da tecnologia.
“Se uma empresa está desenvolvendo uma nova geladeira, por exemplo, pode testá-la da forma convencional, a partir de protótipos físicos, e arcar com custos e acidentes, ou pode testá-la pela simulação via software”, disse o presidente da ESSS.
Maliska afirmou que a simulação por computador vem sendo desenvolvida há 40 anos e, nos últimos 20 anos, é mais aplicada na área da engenharia. “Não inventamos a simulação, nossa inovação está na maneira otimizada e detalhada que realizamos com os clientes. Não vendemos pregos e parafusos”, disse.
O investimento em pesquisa e inovação representa cerca de 35% do faturamento da ESSS e, embora esteja intimamente ligada a processos inovadores, a empresa não registra patentes. “Nosso negócio não é comercializar direitos de uso. Não desenvolvemos tecnologia para gerar patentes. Temos uma cadeia vertical mais interna: o fornecimento de produtos e serviços para o consumidor final”, afirmou Maliska.
De acordo com o executivo, a ESSS trabalha em parceria com universidades e empresas. “Há momentos em que a indústria precisa do desenvolvimento de algo que ainda necessita de pesquisa fundamental, e entramos em contato com a universidade. Em outros, ela nos procura porque não consegue fazer todo o caminho de transferência de tecnologia solicitada por alguma empresa”, disse.
A ESSS busca aumentar sua participação no setor de mineração e no próximo dia 17 de novembro realiza a segunda edição do Seminário de Simulação Aplicada à Mineração e Metalurgia, em Belo Horizonte (MG). O evento apresentará as principais ferramentas de simulação computacional, casos reais de aplicações e os benefícios conquistados por mineradoras, fornecedores de equipamentos, empresas de engenharia e 'epcistas'.
De acordo com a empresa, o seminário será voltado para profissionais das áreas de projeto e manutenção de equipamentos nas indústrias de mineração e metalurgia e acadêmicos que desejam conhecer as ferramentas de simulação. Entre os casos apresentados, estão o uso de simulação em projetos da Vale e Anglo American, que garantiram um rápido retorno de investimento.
Criada em 1995, em Florianópolis, a ESSS tem mais de 500 clientes em diversos setores, como aeroespacial, óleo e gás, geração de energia, processos químicos e mineração. A maior parte da equipe trabalha no Brasil, mas a empresa possui escritórios na Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Estados Unidos, internacionalização iniciada em 2007. Com informações do website Empreendedor.