"Esses veículos não são orientados por controle remoto. São máquinas que estão se ajustando ao ambiente em que operam. A Rio Tinto provavelmente nunca vai abrir uma mina que não seja autônoma em Pilbara", disse John McGagh, chefe de Inovação da mineradora.

As vantagens da automação para mineradoras são muitas, segundo McGagh. A segurança é um dos fatores que são melhorados com a presença de tecnologia autônoma. O chefe de inovação diz que quanto mais empregados puderem ficar longe de ambientes perigosos dentro de uma operação, melhor.

O custo das mineradoras com os caminhões autônomos também diminui. As companhias passam a não precisar de pagar salários para motoristas. "Em um período de superciclo, fica muito caro conseguir recrutar e encontrar pessoas para trabalhar nos sites das minas", afirmou Mike Eliott, representante da EY na Austrália.

Segundo a Rio Tinto, com a inserção dos caminhões autônomos em sua frota, o tempo de suas demandas reduziu em 10%.

Os custos trabalhistas diminuíram consideravelmente para a Rio Tinto. De qualquer forma, a mineradora ainda trabalha para conseguir tirar melhor proveito de cada caminhão que não é autônomo, para diminuir os custos cada vez mais.

As mineradoras descobriram, recentemente, que as mulheres são mais eficientes como motoristas do que os homens. Isso porque a maneira de dirigir proporciona maior durabilidade para os pneus e faz com que o caminhão consuma menos combustível.

A BHP Billiton também procura se modernizar em Pilbara. A maior mineradora do mundo deu início recentemente à entrada de caminhões autônomos em sua frota. O presidente de Tecnologia, Marketing, Segurança e Saúde da companhia australiana, Mike Henry, disse que a BHP já está apta a programar os equipamentos para operarem com mais frequência. As informações são do Financial Times.