A plataforma utilizada pela Geoprime, chamada ArcGIS, é distribuída no Brasil pela Imagem, empresa que integra o Sistema de Informação Geográfica (GIS, na sigla em inglês para Geographic Information Systems). A tecnologia visa aprimorar os processos de pesquisa e consultoria de mineração, utilizando imagens em duas e três dimensões das áreas de prospecção, além de análises profundas dos dados referentes à qualidade e ao ciclo de vida das minas.
De acordo com o gerente de Recursos Naturais da Imagem, Alessandro Diniz, uma combinação da ArcGIS Desktop com a Extensão 3D Analyst, permite que a Geoprime execute processos espaciais com maior precisão, pois as tecnologias trabalham com escalas de detalhe, além de modelagens em 3D dos ativos. Com isso, poderá ser avaliado, por exemplo, como ficará a frente de lavra, antes, durante e depois das operações de mineração.
“A informação geográfica utiliza recursos para criar uma abstração do mundo real no ambiente computacional, permitindo que as informações levantadas sejam consultadas e analisadas tanto pelo trabalhador na mina quanto pelo tomador de decisões”, afirmou Diniz.
Segundo ele, é importante para a mineradora saber em qual relevo está o projeto e calcular o volume necessário de terra que deverá ser deslocado e a quantidade de minério presente naquele volume. “O ArcGis combina todos esses recursos para que possam ser aplicados pelo setor de mineração”, disse o gerente da Imagem.
De acordo com o engenheiro de minas Ildelí Santos, responsável pelo projeto da Geoprime, o fluxo de trabalho em projetos de sondagem envolve cinco etapas, sendo a primeira a elaboração de ambiente 3D composto de ortofoto (superfície natural do terreno), furos de sondagem e limite do processo minerário.
Em seguida, há uma compilação dos dados de profundidade em que a sondagem encontrou o topo do maciço rochoso, bem como suas coordenadas UTM, que considera o sistema de mapa bidimensional usado na localização de terrenos. Após, essa compilação, ocorre a representação em subsuperfície do contato entre a rocha granítica e o material saibroso a ser retirado.
Segundo Santos, as duas últimas etapas são o cálculo do volume de material a ser decapado e do volume do material rochoso, com a posterior utilização desses dados para elaborar cálculos de gastos com remoção de terra e lavra da rocha granítica.
“Estes dados servem de subsídio para a equipe de engenharia em projeções econômicas, considerando gastos operacionais e dimensionamento de maquinário a ser utilizado”, afirmou o engenheiro da Geoprime.
Um dos módulos do projeto, o ArcGIS Online, ainda está em fase de implantação e deve ser concluído até o final de janeiro de 2015. Segundo Diniz, a ferramenta é um benefício que todo cliente recebe como manutenção da plataforma, criando uma conta organizacional da empresa para armazenar dados espaciais e utilizá-los em aplicações mobile e desktop, que fazem interações diretas com o ArcGIS Online.
“Quanto maior o volume de dados que você tem, menor é o risco do projeto, pois com um número maior de informações o trabalho é desenvolvido com mais rapidez e precisão, evitando surpresas desagradáveis no meio do caminho. Essa é a principal vantagem do uso dessa tecnologia na prospecção de áreas, pois a previsibilidade financeira é muito maior, ou seja, você consegue dimensionar o aporte que deverá ser investido e analisar se será possível e vantajoso para empresa arcar com esses custos”, afirmou Santos.