"Era um local destinado a pastagem e começou-se a dificuldade pela grande extensão de afloramentos rochosos. Isso não é comum. É comum encontrar laterita [piçarra], usadas para ramais. No caso, não tinha características da laterita por ser uma rocha contínua", disse Solange, em entrevista ao G1.
De acordo com a geóloga, a descoberta foi encaminhada ao governo do Estado e ao Sistema Geológico do Brasil, para que os órgãos avaliem a possibilidade da região possuir potencial para exploração econômica. Solange solicitou uma autorização de pesquisa da área para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
"Eu conheço essa jazida em extensão, mas ainda não a conheço em profundidade. Prefiro ainda não revelar o local para ver se conseguimos emplacar essa pesquisa", disse.
Acostumada a realizar estudos de campo na região, que fica próxima aos municípios de Epitaciolândia e Brasileia, a geóloga disse que nunca tinha visto formação rochosa similar. Ela identificou também a presença de arenito, que é comum em regiões mais distantes da capital, como na Serra do Divisor, que fica na fronteira com o Peru.
"O que me chamou atenção era outra sequência rochosa de um peso bem elevado e de uma coloração que indica a presença do minério de ferro. A densidade era característica de rochas com teor de óxido de ferro. Vale salientar também a extensão em quilômetros da formação", afirmou.
Segundo a geóloga, caso seja comprovada a extensão de mineralização, o Estado do Acre tem uma possibilidade para mostrar ao país que tem mais riquezas naturais, além da argila. "O Acre não tem seu território conhecido ainda. A gente precisa mostrar que o estado não é somente argila. O que eu encontrei é uma continuidade de um afloramento que não encontrei em outro local, a não ser na Serra do Divisor", disse. As informações são do portal de notícias G1.