De acordo com o coordenador de produção, Luiz Alberto Gomiero, a INB segue uma tendência mundial que prevê a substituição da amônia por água oxigenada (peróxido de hidrogênio). “A legislação internacional está mais restritiva quanto ao uso da amônia no processo”, disse Gomiero.
A unidade de Caetité produz, atualmente, diuranato de amônia, um pó de coloração amarela, conhecido como yellowcake. “A amônia exige cuidados especiais quanto ao uso, estocagem e descarte. Já a água oxigenada gera um produto de melhor qualidade e com menos impurezas”, afirmou Heraldo Rangel, o engenheiro de processos.
Segundo ele, os testes, realizados durante uma semana de forma ininterrupta, confirmam a viabilidade do processo. “A planta piloto, composta por tanques de precipitação e um espessador, simula o processo que a empresa deverá adotar após a duplicação”, afirmou Rangel.
A unidade da INB em Caetité precisará dobrar sua produção de 400 para 800 toneladas para atender a demanda nacional, que aumentará com a conclusão da usina de Angra 3. Segundo a empresa, o projeto básico de duplicação será realizado por uma empresa que será contratada em julho. O trabalho deve durar cerca de oito meses.
Na jazida de Itataia, no Ceará, o minério de urânio se encontra associado ao fosfato. Para realizar a exploração, foi criado o Consórcio Santa Quitéria, uma parceria entre a INB e a mineradora Galvani.
Segundo documento do Consórcio Santa Quitéria, serão produzidos 800 mil toneladas de rocha fosfática, 970 mil toneladas de ácido sulfúrico, 240 mil toneladas de ácido fosfórico, 810 mil toneladas de fertilizantes granulados e 240 mil toneladas de fosfato bi-cálcio.
O protocolo de intenções entre o governo do Ceará e o consórcio Santa Quitéria foi assinado em janeiro deste ano e o início das operações está previsto para 2017.