A Macquarie Research realizou um estudo que apontou os dez maiores projetos de cobre em implantação no mundo. Metade da lista é composta por projetos greenfield. O projeto Salobo foi o representante brasileiro, em décimo lugar, com capacidade de produção de 100 mil toneladas de concentrados de cobre por ano. Controlado pela Vale, o projeto fica no Pará, e vai duplicar sua produção com a implantação da fase dois.
Segundo informações do estudo, o crescimento da oferta global do cobre em 2014 deve chegar a 7% em relação a 2013. A maior taxa de crescimento da oferta em uma década. Espera-se que os dez projetos de cobre listados produzam mais de um milhão de toneladas no ano que vem.
Em décimo lugar está o projeto Salobo, que opera com 61% de sua capacidade nominal. As operações começaram em junho de 2012. A expectativa de produção do greenfield é de 100 mil toneladas de concentrados de cobre por ano em uma primeira fase e mais 100 mil toneladas depois de concluída a expansão.
O projeto é um dos principais investimentos da Vale, que espera fechar o ano com um montante de US$ 401 milhões injetados em Salobo. Até o momento, foram investidos R$ 3,4 bilhões, cerca de 34% acima do valor previsto.
Em nono lugar, aparece o projeto Escondida. Localizado em Antafogasta, no Chile, o projeto de cobre pertence à BHP Billiton e produziu 1,08 milhão de toneladas de cobre, em 2012. Na sequência, o estudo lista o projeto Bisha, que possui 29,3 millhões de toneladas em reservas provadas e prováveis. O projeto pertence à canadense Nevsun Resources e fica em Gash-Barka, na Eritreia, país que faz fronteira com o Sudão.
O projeto Sierra Gorda, em Atacama, no Chile, ficou em sétimo lugar. Controlado pela canadense Quadra FNX, o greenfield tem estimativa de produção de 219 mil toneladas de cobre por ano. Na sexta posição, ficou o projeto Toromocho, em Junin, no Peru. Controlado pela Chinalco, produtora de alumínio chinesa, o projeto tem reserva de 1,5 milhão de toneladas de minério com teor de 0,48% de cobre e também é um greenfield.
Na quinta posição, o estudo classifica o projeto Buenavista, controlado pela Southern Copper, empresa norte-americana. Buenavista fica em Sonora, no México, e tem a maior reserva de cobre do mundo, estimada em 36 milhões de toneladas de minério com teor de 0,69% de cobre.
Em quarto, aparece o projeto Grasberg, da norte-americana Freeport-McMoRan. O projeto fica em Papua, na Indonésia, e tem a terceira maior mina de cobre do mundo, cuja expectativa de produção é de 100 mil toneladas de concentrado de cobre. O projeto greenfield Oyu Tolgoi, da Rio Tinto, ficou em terceiro lugar. Localizado em Khanbogd, o projeto será responsável por cerca de 30% do PIB da Mongólia. A produção anual de Oyu Tolgoi deve superar 450 mil toneladas de cobre.
Em segundo lugar, ficou o projeto Collahuasi, da Anglo American, localizado no Atacama, no Chile. O projeto tem uma das maiores reservas de cobre do mundo. São 3,9 bilhões de toneladas de minério com teor de 0,66% de cobre.
O primeiro lugar ficou com o projeto Minas Ministro Hales, da Codelco. O greenfield fica em Antofagasta, no Chile, e deve aumentar sua produção de cobre em 170 mil toneladas no ano que vem em relação a 2013.