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Durante o evento, o analista falou sobre os principais motores do crescimento contínuo, como o aumento da procura de vanádio de alta resistência em aço de baixa liga, em inglês High-strength low-alloy steel (HSLA ), que cresce rapidamente.
Segundo Bedder, esse crescimento está ligado às grandes siderúrgicas, que oferecem uma ampla gama de produtos de aço de qualidade superior e aos regulamentos de construção mais rigorosos da China, que exigem maior concentração de vanádio nos vergalhões.
De acordo com Bedder, após uma sequência de grandes terremotos em 2008 que causaram mortes e graves danos estruturais, a China se propôs a alterar os regulamentos de construção no país em 2010 e 2011. Embora, desde 2006, o consumo de vanádio na China ter dobrado, a demanda no país não aumentou consideravelmente após a implementação dessas políticas.
“Os produtores de vergalhões existentes foram autorizados a encerrar gradualmente a produção e vender suas ações", afirmou Bedder. O analista disse que o aumento dessa tendência no setor de construção da China, no entanto, pode levar a um aumento na demanda.
Segundo Bedder, o consumo global de vanádio em relação ao aço bruto varia de 31 gramas por mil toneladas de aço (31g/kt) na Índia; 37g/kt na China; 73g/kt na Europa; e 93g/kt na América do Norte. A indústria global do aço é responsável por cerca de 90% da demanda de vanádio, uma tendência que deverá continuar segundo o analista.
“Espera-se que, no futuro, os países com as taxas de consumo mais baixas sigam o exemplo da China e invistam em padrões mais elevados de vergalhões”, disse Bedder.
No mês passado, a Largo Resources afirmou que a produção no projeto Vanádio de Maracás, na Bahia, começará após a conclusão do comissionamento e do aquecimento do forno. A mineradora não divulgou a data da primeira produção na planta, mas disse que começará antes do previsto, que é para até o final de 2014.
A Largo recebeu a concessão definitiva de lavra para o projeto em janeiro deste ano. A outorga está condicionada ao cumprimento da produção anual de 960 mil toneladas de ROM e 9,5 mil toneladas de pentóxido de vanádio (V2O5) até o quinto ano de produção da empresa.
O projeto tem previsão de produção média de 11,4 mil toneladas de óxido de vanádio equivalente por ano, com a produção inicial em 5,1 mil toneladas em 2014.