PRODUÇÃO

Cristal aumenta em 6,3% produção de dióxido de titânio

A Cristal, segunda maior produtora mundial de dióxido de titânio (TiO2), aumentou em 6,3% a produ...

Cristal aumenta em 6,3% produção de dióxido de titânio

De acordo com a Cristal, o custo de produção unitário foi 4,1% maior em relação a 2012, devido, principalmente, ao aumento de preço das matérias primas utilizadas no processo produtivo do TiO2. A empresa apontou, ainda, a desvalorização do real, que provocou um aumento no custo das matérias-primas cotadas em dólar.

Entre as causas da alta no custo de produção, está, também, o aumento de preço dos contratos de prestação de serviços, em torno de 11% se comparado ao ano anterior, e o reajuste da folha de pagamento. Por outro lado, o aumento do volume produzido contribuiu para a diluição dos custos fixos e custo total dos produtos acabados.

O volume total de vendas de dióxido de titânio em 2013 diminuiu 5,08%, quando comparado ao volume vendido em 2012, enquanto a demanda brasileira apresentou um crescimento aparente de 2,8%. Segundo a Cristal, no último semestre do ano passado, além dos efeitos da volatilidade dos mercados finais, houve uma queda relevante nas vendas de pigmento, causada pela excessiva oferta de produtos importados, principalmente os de origem chinesa.

A oferta foi estimulada pela redução temporária da alíquota do imposto de importação de 12% para 2%, a qual teve a sua vigência estabelecida por seis meses pelo Governo Federal, com efeito prático de junho a novembro. De acordo com a Cristal, o benefício do imposto, mesmo que limitado a uma cota em volume de 47 mil toneladas, foi decisivo para a perda de participação no mercado. No balanço final, os consumidores de dióxido de titânio importaram um volume 11% maior em 2013 em relação ao ano de 2012.

Segundo a empresa, como consequência da volatilidade de mercado e da decisão governamental, que gerou a retração das vendas, a empresa encerrou 2013 com estoques 29% acima dos registrados no ano anterior.

Em relação aos outros produtos, a Cristal afirmou que houve uma importante retomada do volume de venda de zirconita em 2013. A empresa produziu 111.799 toneladas de ilmenita, 20.587 toneladas de zirconita, 2.030 toneladas de rutilo e 1.095 toneladas de cianita.

A Cristal conta com duas fábricas nos Estados Unidos, uma na Inglaterra, uma na França, uma na Arábia Saudita, uma na Austrália e uma no Brasil. As atividades de mineração da Cristal no Brasil são realizadas pela subsidiária Cristal Mineração do Brasil, atual denominação da Millennium Inorganic Chemicals Mineração.

Para o processo de produção no Brasil, a Cristal conta com três unidades: a Mina do Guajú, em Mataraca, na Paraíba; a fábrica em Camaçari, na Bahia; e o escritório comercial em São Paulo, que atende a demanda de toda a América Latina.