A unidade, que está em processo de ramp-up, produziu 14,15 mil toneladas de níquel contido em NiO e NHC no acumulado de janeiro a setembro deste ano. No terceiro trimestre do ano a unidade produziu 5.653 toneladas de níquel.
A produção na mina aumentou 87% desde o primeiro trimestre deste ano e a lixiviação do minério cresceu 42%.
Só em setembro a produção alcançou 2,2 mil toneladas, o melhor mês da história da unidade em termos de produção, informou a empresa.
“O ramp-up de VNC mostrou avanços significativos, o que nos dá confiança para atingir nossas metas para o próximo ano, quando esperamos reverter a geração de caixa negativa”, informou o relatório divulgado pela companhia.
A Vale está agora trabalhando para diminuir os custos do projeto, informou Siani. As despesas pré-operacionais do projeto foram de US$ 129 milhões no trimestre, quase a metade do valor total da companhia, que foi de US$ 265 milhões.
Segundo a empresa, no terceiro trimestre a VNC operou com três autoclaves simultaneamente em dois períodos distintos, fazendo com que ela conseguisse atingir as especificações do projeto.
Além do níquel, a unidade também produziu 981 toneladas de cobalto no acumulado de janeiro a setembro.
A Vale informou que a VNC é a maior operação no mundo baseada em uma jazida de níquel laterítico limonítico. Situada na Nova Caledônia no sul do Pacífico, a unidade tem capacidade de produção nominal estimada de 60 mil toneladas métricas por ano de níquel contido em óxido de níquel e 4,6 mil toneladas métricas de cobalto como subproduto.
A Vale Nouvelle-Calédonie (VNC), antes chamada do Goro Nickel, foi adquirida pela Vale junto com a Inco, em 2007. A mina e a planta de beneficiamento foram projetadas para produzir 60 mil toneladas de níquel e até 5 mil toneladas de cobalto por ano a partir de 2009. Contudo, sofreu sucessivos atrasos devido a dificuldades em ajustar a rota tecnológica ao minério existente no local.
A Vale possui 69% do projeto Vale Nouvelle-Calédonie. As três províncias da Nova Caledônia têm 10% de participação por meio da Société de Participation Minière du Sud Calédonien (SPMSC). Os 21% restantes são da Sumic Nickel Netherlands, que pertence à Sumitomo Metal Mining e à Mitsui.
A Nova Caledônia fica entre o Taiti e a Austrália e abriga um quarto das reservas mundiais de níquel conhecidas. O metal é a mais importante fonte de receitas da ilha há mais de um século.