A Fiol, por exemplo, é fundamental para projetos de minério de ferro da Bahia Mineração (Bamin) e da Santa Fé Mineração. Os dois são projetos integrados, com mina, ferrovia e porto, que vão entregar 40 milhões de toneladas de minério quando estiverem concluídos.
No caso da Transnordestina, o principal projeto de mineração que pode se beneficiar dos novos trechos é a Bemisa, que tem o projeto de minério de ferro Planalto Piauí, com capacidade projetada de 15 milhões de toneladas por ano.
Segundo Vidal, o projeto pode entrar em produção em 24 meses depois que assinar o contrato de transporte com a Transnordestina em trens com 9,9 mil toneladas de carga. O embarque do minério deve acontecer no terminal de granéis do porto de Suape cuja licitação foi adiada de 2013 para o segundo semestre de 2014.
As principais cargas desse terminal serão minério de ferro e coque de petróleo, para exportação, e clínquer e escória na importação. O terminal poderá receber navios de até 200 mil tpb que poderão ser carregados em 48 horas.
A WV logistics é uma empresa de consultoria, quarteirização (4PL) e planejamento de serviços. A empresa prestou serviços para a Bahia Mineração no desenho da solução logística e da opção pelo uso da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), em construção, e de um terminal privativo no Porto Sul, em Ilhéus (BA).
"O minério é um asset [ativo]. Nosso trabalho é transformar esse ativo em negócio”, diz Vidal que participou hoje (12) de uma conferência sobre minério de ferro no Rio de Janeiro.
Outro cliente da WV é a Rio Tinto, com um projeto de bauxita, na Bahia, que está suspenso devido às condições de mercado para o insumo da alumina.
Vidal disse ainda que o volume de minério de ferro transportado em ferrovias aumentou quase 110% de 1997 a 2012. Em 2012, o minério de ferro e o carvão mineral representaram 77% da tonelada por quilômetro bruto (tkb) produzida pelas ferrovias brasileiras.