PRODUÇÃO

Bodó Mineração recebe alvará de prefeitura

Mineradora diz que volta a produzir nesta semana

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A prefeitura municipal de Bodó (RN) emitiu, na sexta-feira (7), o alvará de funcionamento para a mina de sheelita, minério de tungstênio, da Bodó Mineração. Sem o alvará, a mineradora não renovou certificado que permite o uso de explosivos e colocou 95 empregados em folga remunerada. Com apenas 2.400 habitantes, parte da população protestou contra o possível fechamento da empresa.

O alvará foi entregue na manhã de sexta-feira (7), pelo prefeito, em uma pequena cerimônia. Pouco depois de meio-dia na página do Facebook da prefeitura, foi divulgada uma nota de esclarecimento em que a prefeitura diz que "o deferimento do alvará, em atenção ao interesse público, ocorreu com a exigência de condicionantes legais, fato já noticiado a empresa e a comissão de trabalhadores".

Segundo porta-voz da Bodó Mineração a empresa já tem pessoas em Natal (RN) que tratam da liberação, junto ao Exército do Brasil, da documentação necessária para que a empresa volte a ter acesso a explosivos e possa reiniciar a produção em subsolo.

Com a falta do alvará municipal, a mineradora não foi capaz de renovar o certificado, emitido pelo Exército, que permite o estoque, manuseio e uso de explosivos. Agora terá que passar por uma nova vistoria para receber o certificado. "Acredito que na quarta-feira (12) já teremos explosivos na mina", disse o diretor Maurício França, da Bodó Mineração, em contato por telefone com o Notícias de Mineração Brasil (NMB).

Segundo ele, parte do pessoal de subsolo que estava de folga já retornou ao trabalho para deixar a mina pronta para retomar a produção. Enquanto isso não acontece, França diz que as equipes estão trabalhando em uma camada friável, com o uso de rompedores. A Bodó Mineração pertence à Brazil Tungsten Holdings.

Exportação aumentou 66%

Nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou 98 toneladas de minério e concentrados de tungstênio. O volume de 92 toneladas foi vendido para a Holanda, enquanto a Áustria recebeu 6 toneladas. Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, quando foram exportadas 59 toneladas, houve um aumento de 66%. Os dados são do sistema Aliceweb, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).