Este artigo tem 11 anos. As imagens podem não ser exibidas.
Representantes do Brasil, Colômbia, Honduras, Peru e Chile se reuniram com o governo do Canadá para debater os problemas sociais gerados pelas operações de mineradoras canadenses na América.
Em outubro, a EcoLog News divulgou que a Rede Canadense de Responsabilidade Empresarial, com o apoio de outras 23 instituições, fez um apelo ao Parlamento do Canadá para manter a responsabilidade das empresas canadenses em suas operações também fora do país.
Segundo a Due Process of Law Foundation (DPLF), as empresas canadenses são responsáveis por 80% das atividades de mineração na America Latina.
De acordo com a fundação, a iniciativa é inédita, pois foi a primeira vez que a comissão abordou o papel do país de origem das empresas, ao invés de focar a responsabilidade dos estados onde as empresas estão operando.
O exemplo mais recente de participação direta do Canadá em problemas sociais foi em Honduras. O governo canadense apoiou ativamente o desenvolvimento de uma nova lei de mineração no país, aprovada em janeiro de 2013, seguida de um golpe de Estado apoiado pelos militares.
“Foi um grande passo para trás, pois a lei de mineração anteriormente proposta teve forte participação da sociedade civil”, disse a DPLF.
“As razões que preocupam a comissão são muitas, mas a principal é a falta de controle adequado para evitar as violações dos direitos humanos pelos países de origem quando estiverem operando fora do seu território", afirmou a DPLF.
"Isso é ainda mais grave quando se considera que os estados de origem estão cientes dessas violações, pois são relatadas diretamente para suas embaixadas”, acrescentou.