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Segundo Salim, os altos índices de acidentes de trabalho na mineração têm reflexo forte na vida das famílias, além de causarem depressão e traumas para os trabalhadores. Os riscos a que os trabalhadores da mineração são submetidos, conforme o pesquisador, incluem exposição à poeira, o manejo de equipamentos sem proteção, carga de trabalho excessiva, movimentos repetitivos, entre outros.
Ele apontou ainda que estimativas de 2011 mostram que o custo com acidentes de trabalho para Previdência seria de R$ 14 bilhões ao ano, fora os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS). “Essas estimativas referem-se apenas ao trabalhador com carteira assinada, sem contar os custos dos trabalhadores sem carteira, que são muitos na mineração”. Ele ressaltou que o trabalho informal e degradante, em minas clandestinas, é muito comum.
Além disso, Salim chamou atenção para o aumento da receita das mineradoras entre 2000 e 2012, frente ao baixo aumento no salário dos trabalhadores do setor. “A atividade mineradora brasileira apresenta grandes contrastes”, disse o pesquisador da Fundacentro, uma entidade de pesquisa ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego.
A engenheira de Segurança da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTI), Marta Freitas, destacou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de municípios mineradores é menor do que a média do Brasil. Ela defendeu que o marco regulatório da mineração contemple a proteção da saúde e segurança do trabalhador, o que, na visão dela, não ocorre no texto atual da proposta.
As comissões de Legislação Participativa; e de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados discutem hoje as condições de saúde e segurança da mineração brasileira no âmbito do Marco Regulatório do setor mineral, tema tratado no PL 5807/13, do Executivo. As informações são da Agência Câmara Notícias.