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Na fábrica da Branno Tintas e Revestimentos, rochas ornamentais e até semipreciosas são trituradas, peneiradas e misturadas a uma espécie de xarope, que deixa a textura impermeável e aumenta a durabilidade do produto. As pedras vêm de Minas Gerais, da Amazônia e da região de Bonito (MS).
O investimento em sustentabilidade começou após a participação da empresa, fundada em 2009 pelo engenheiro civil Eder Mendes, no programa Agentes Locais de Inovação (ALI). A iniciativa é uma parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“A ideia surgiu inicialmente em utilizar fragmentos de rochas ornamentais como granito, mármore, basalto, arenito e, na busca por opções de mais cores, principalmente o verde e o azul, me levou a outros caminhos. Me levou ao caminho das pedras”, afirmou Mendes.
A empresa produz 200 toneladas de revestimento por mês e os revestimentos são vendidos para nove estados. O preço do metro quadrado no atacado varia de R$ 8 a R$ 100 e já existem mais de 100 tipos de texturas feitas com pedras. Com a participação da Branno no programa ALI, o faturamento cresceu de 20% a 30% e hoje é de R$ 450 mil mensais.
O empresário explica que o revestimento pode ser aplicado na parede com uma espátula e em superfícies metálicas é preciso passar verniz e depois projetar o pó de pedra com uma pistola para pintura.
O desperdício de material na fábrica é zero. Prova disso é que as sobras da fabricação do revestimento são utilizadas na texturização de unhas. O que não é triturado direito volta para a máquina e o pó mais fino se transforma em esmaltes.
Os fragmentos de pedras preciosas são fixados nos esmaltes, que ficam com cores diferentes e enfeitam as unhas. Segundo o fundador da Branno, o produto já está no mercado e faz sucesso entre as mulheres. As embalagens custam entre R$ 15 e R$ 45 e a aplicação é fácil.
A Branno recebeu apoio do Sebrae para apresentar as novas texturas em uma conferência de inovação tecnológica. O trabalho rendeu a Mendes uma bolsa de pesquisa para melhorar o grau de sustentabilidade nos revestimentos.
“Foi o único caso de pequena empresa que esteve nessa grande conferência, o resto era só multinacionais. Então ele teve um grande destaque, inclusive por eles estarem conhecendo um pequeno empresário que trabalha com inovação e sustentabilidade, tão engajado, em uma pequena empresa”, disse Cristiane Nunes, técnica do Sebrae em Campo Grande.
As informações são do portal G1.