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De acordo com a página do grupo no Facebook, a equipe visitou municípios afetados pela mineração, de Minas Gerais ao Maranhão. “Fomos investigar o preço que pagamos por sermos um país minerador tão potente”, diz a página.
O vídeo relaciona dados interessantes, como o fato de Itabira (MG), que abriga uma das maiores minas brasileiras, ter o índice mais alto de suicídios no Brasil; e o fato de a cada um grama de ouro garimpada, outras quatro toneladas de materiais tem de ser retiradas do solo.
O lançamento do documentário acontece em meio à votação do novo Código de Mineração que deve acontecer na Câmara dos Deputados em dezembro, antes do recesso parlamentar. Sobre o assunto, os integrantes do grupo afirmam que “uns querem que as novas regras tragam respeito e dignidade para quem precisa conviver com a extração de minério, já outros querem dólares, não importando as vidas que estão em jogo”.
O jogo de interesses entre empresas e partidos políticos também é abordado na produção. Mineradoras doaram R$ 45 milhões a políticos, entre eles, o próprio relator do novo código, Leonardo Quintão (PMDB-MG), que recebeu R$ 400 mil para se eleger.
Entre as empresas citadas no vídeo, estão a Vale e o impacto da expansão da Estrada de Ferro Carajás; a Anglo American e a construção de mineroduto em Conceição do Mato Dentro (MG) e a CSN e sua exploração de minério de ferro em Congonhas (MG).
A produção teve apoio de 130 entidades socioambientais e contou com entrevistas com especialistas em impactos ambientais. Criada em meio aos protestos no Rio de Janeiro, o coletivo Mídia Ninja significa “Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação” e almeja abordar a realidade do país sem cortes ou “edição”.
Confira o vídeo abaixo.