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O ranking mostra que duas mineradoras maiores do que a Vale, a Rio Tinto e a BHP, investiram, respectivamente, 97,8 milhões e 56,8 milhões de euros. Isso coloca em dúvida os critérios do que são investimentos em pesquisa e desenvolvimento. No caso da Vale, gastos em sondagens, exploração e engenharia de projetos, que ainda não foram construídos, contam como P&D.
A Anglo American, quarta maior mineradora diversificada do mundo, investiu 60,6 milhões de euros, segundo o “2013 EU Industrial R&D Investment Scoreboard”.
Segundo o estudo, a Vale foi uma das 14 empresas que mais elevaram seus gastos com inovação nos últimos dez anos. Nesse período, as vendas e o orçamento com pesquisa superaram a marca de 200% de incremento.
Em 2012, porém, a Vale foi uma das três empresas entre as maiores multinacionais que mais reduziram investimentos em inovação. Ao lado da japonesa Renessas e da Nokia, a Vale cortou seu orçamento em mais de 11%. O resultado foi uma perda de 10 posições no ranking que, em 2012, ocupava o 81º lugar.
O Brasil tem oito empresas entre as duas mil companhias que mais investem em pesquisa e desenvolvimento no mundo. A Petrobras é a segunda empresa brasileira mais bem posicionada, em 118ª lugar, com investimento de 936,4 milhões de euros em 2012. A Embraer vem na 391ª colocação, com 217,2 milhões de euros.
A lista ainda apresenta a empresa de software Totvs (992º), a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), a Weg, que fabrica motores elétricos, a petroquímica Braskem e a Itautec, da área da computação. As quatro últimas aparecem abaixo da milésima posição no ranking.
No levantamento mundial divulgado no ano passado, com 1.500 companhias, as empresas também estavam presentes na lista, com exceção da Itautec.
O ranking mundial é liderado pela Volkswagen, que destinou 9,5 bilhões de euros em inovação em 2012, quatro vezes mais que todas as companhias brasileiras juntas. A Samsung vem em segundo lugar.
Segundo a Comissão Europeia, a classificação revela a prioridade de cada indústria na aplicação dos lucros com o fim de modernizar-se. De uma forma geral, as empresas europeias aumentaram seus gastos em inovação em 6,2%, contra um incremento de 8,2% nos EUA.
Mas, até 2015, a previsão é de que as companhias aumentem seus investimentos em apenas 2,6% diante da estagnação das economias dos países ricos.
Em ranking de inovação divulgado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), em julho de 2013, o Brasil apareceu em 64º lugar, entre os 124 países citados, perdendo seis posições em relação ao ano passado e 17, considerando o ranking de 2011. Com informações são do jornal O Estado de S. Paulo.