Mineração de ouro ameaça túneis romanos na Romênia
A cidade de Rosia Montana, na Romênia, foi construída sobre uma imensa jazida de ouro e prata. A parte mais nova da jazida foi explorada até 2005, quando foi fechada devido ao alto custo, falta de tecnologia adequada e questões ambientais. Se as jazidas do país estivessem sendo exploradas, a Romênia seria uma das maiores produtoras de ouro da Europa.
Dos 140 quilômetros de galerias que ficam a 100 metros da superfície, pelo menos oito foram abertos manualmente, na época do Império Romano. O engenheiro Valentin Russ explica que, só naquele período, 400 toneladas de ouro foram retiradas dali. “Em toda a história dessa mina, estima-se que foram retiradas daqui mais de 2 mil toneladas de ouro. E ainda tem muito mais, cerca de 300 toneladas”, conta o engenheiro Valentin Russ.
Há anos, uma empresa canadense, a Gabriel Resources, tenta retomar a exploração em Rosia Montana, mas enfrenta resistência. Para os opositores, não há ouro que pague o que poderia acontecer com o meio ambiente e com os seculares túneis romanos. As informações são do Globo Repórter.
Gasolina com chumbo polui mais do que 2 mil anos de mineração
Um estudo feito por pesquisadores suíços na América do Sul revelou que a gasolina com chumbo vem causando mais prejuízos ao meio ambiente do que a atividade mineradora. A pesquisa, publicada na sexta-feira (6) na revista especializada Science Advances, mostra que a gasolina com chumbo foi mais danosa que 2 mil anos de mineração, iniciada pelas sociedades pré-colombianas do continente. A conclusão é que, desde os anos 1960 a contaminação por chumbo triplicou.
De acordo com a coautora do trabalho e pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Ciências Naturais Paul Scherrer, da Suíça, Ana Eichler, esse tipo de estudo é muito comum no Hemisfério Norte, mas havia uma completa ausência de dados na América do Sul.
Buscando suprir a falta de dados, ela e alguns colegas coletaram amostras do gelo da montanha Illimani, nos Andes bolivianos, e submeteram as amostras a uma análise detalhada. Com a ajuda do espectrômetro de massa, a análise mostrou que houve uma grande elevação da presença de chumbo no ambiente depois da década de 1960. As informações são do jornal The Guardian.
Rio Tinto doou diamante rosa de US$ 12 mi para museu australiano
Em 2012, o grupo Rio Tinto doou para o Museu de Melbourne, Austrália, um diamante rosa achado alguns anos antes na mina Argyle. O diamante ficou, depois de ser lapidado, com cerca de oito quilates. Com valor estimado em cerca de US$ 12 milhões, o processo de lapidação identificou diversas falhas da pedra, fazendo com que seu valor caísse.
Por causa de uma falha que colocava a pedra em constante risco de quebrar, a Rio Tinto decidiu doar a pedra parcialmente lapidada ao Museu Victoria, em Melbourne. Richard How Kim Kam foi o homem responsável por cortar e polir a pedra. Kam trabalhou para a mineradora por mais de vinte anos.
Josephine Jhonson afirmou na época, em entrevista ao Diamond News, que a empresa não iria ver outro diamante rosa tão cedo na mina. “Esse raro diamante está gerando uma alegria enorme. Uma pedra desse calibre não tem precedentes. Nós demorarmos 26 anos para achar um desses em Argyle e, na minha opinião, nunca mais iremos ver outro”, afirmou Josephine.