BIZARRO

BIZARRO: Artista cria quadros com pó de minério

Rejeito da Samarco vira arte sobre ação do homem na natureza; Minérios e Rock in Rio

 Quadro de Kleber Galvêas

Quadro de Kleber Galvêas

Artista cria quadros com pó de minério

O artista plástico Kleber Galvêas, que há 21 anos protesta contra a poluição o no Espírito Santo, lançou o projeto "A Vale, A Vaca e A Pena", em que cria obras de arte com o pó de minério. De acordo com ele, a provocação em tela com apelo ambiental busca conscientizar sobre a poluição presente na Grande Vitória, no Espírito Santo, utilizando o próprio agente poluidor como ferramenta de criação dos quadros.

Segundo Galvêas, o título da obra tem como objetivo criticar a constante presença do pó de minério que, de tão excessivo, substituiu a palheta de cores usada para preencher a tela. Ele diz que "A Vale" representa a mineradora, "A Vaca" simboliza os fazendeiros no interior, proprietários de gado, que ao limparem a sujeira feita por esses animais, vendem o esterco para não poluir o meio ambiente. E "A Pena" retrata o desenho que a fumaça faz ao sair da chaminé das usinas.

"A Vale é referência de maior poluidora na Grande Vitória. Essa poluição dura há quase meio século e é um fato muito mais grave do que o que aconteceu no rio Doce em Mariana. O rio Doce afetou um número muito menor de pessoas do que o pó de minério tem afetado na Grande Vitória", disse. As informações são do portal de notícias G1.

Rejeito da Samarco vira arte sobre ação do homem na natureza

A artista brasileira Silvia Noronha criou uma obra de arte com pedras produzidas a partir dos rejeitos da barragem de Fundão, da Samarco, que se rompeu em Mariana (MG). De acordo com ela, o objetivo da obra, que está exposta na Alemanha, é questionar como será a aparência do planeta no futuro e a responsabilidade humana sobre isso.

A mineira coletou o rejeito da tragédia e, simulando a passagem do tempo, transformou-a em pedras de aparência alterada. A coleta de sete quilos da lama ocorreu em três visitas da artista à área de Bento Rodrigues. Além de amostras de terra, a lama colorida continha outros resíduos, como vidro, restos de dispositivos eletrônicos, metais e plásticos.

A transformação do material ocorreu com a aplicação de altas temperaturas, de até 1.400 graus Celsius, e pressão elevada, procedimento executado na Universidade Técnica de Berlim. As pedras têm aparências diversas: algumas são mais parecidas com cerâmica e outras exibem surpreendentes misturas de cores por conta da fusão dos materiais e minerais contidos na lama. As informações são da Deutsche Welle.

Minérios e Rock in Rio

A Vale lançou, no final de setembro, um artigo em que mostra a participação da mineração nos principais instrumentos musicais utilizados no Rock in Rio. A guitarra, por exemplo, de acordo com a mineradora, possui em sua composição seis cordas de aço, provenientes de pelotas de minério de ferro.

Já o contrabaixo tem suas cordas feitas de tanto de aço, como de níquel, minério que a empresa é a maior produtora global e que é explorado por ela no Brasil, Canadá, Indonésia e Nova Caledônia. A bateria, por sua vez, tem as tarolas, também conhecidas como caixas, tem suas ligas metálicas feitas de aço, latão ou cobre.

Por fim, o minério de ferro também está presente majoritariamente em instrumentos como o teclado e o microfone. Segundo a maior produtora mundial da commodity, no caso dos teclados, as cordas saem das cravelhas, passam por cima do cavalete de madeira e são presas na extremidade inferior da armação de ferro nos pinos de fixação. O suporte do teclado, que também tem o ferro como base, é fixado firmemente à estrutura do instrumento. As informações são da Vale.