Este artigo tem 8 anos. As imagens podem não ser exibidas.
MERCADO INTERNACIONAL
A névoa que paira no resultado das eleições americanas está favorecendo a onça troy, fazendo com que o ouro se transforme no investimento ideal para proteção ao risco que estas eleições representam, mantendo sua cotação acima de US$ 1.300, mesmo após a divulgação de bons resultados relacionados ao mercado de trabalho americano.
A onça tem flutuado sob influência das pesquisas divulgadas relacionadas as eleições americanas, que serão concluídas dia 8 de novembro.
Caso a Hillary seja eleita, veremos a onça devolvendo o movimento de alta e testando os US$ 1.250 a princípio, mas os desdobramentos da investigação do FBI na candidata assim como a composição da oposição no congresso americano, poderão manter o ouro em patamar acima de US$ 1.300. Caso a vitória seja de Trump, já se especula onça a US$ 1.400 no efeito imediato da divulgação do resultado.
Neste momento de estabilidade nos fechamentos acima de US$ 1.300, onça deverá romper os US$ 1.308 para seguir o seu canal de alta.
Por outro lado, não devemos esquecer que a possibilidade de aumento da taxa de juros americana em dezembro só cresce, principalmente devido aos últimos bons resultados divulgados sobre a economia americana, logo, podemos ter um mês de novembro favorável a alta do ouro, com volta a tendência de queda em dezembro, quando as incertezas políticas cessarem e o foco voltar a ser o crescimento americano lento, mas dentro do esperado.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMF&BOVESPA – R$ 134,50 por grama (Fechamento 4/11 +0,00%)
DÓLAR
Dólar fechou a semana em queda de 0,16% cotado a R$ 3,23, ainda com o cenário muito propenso a riscos políticos, no que tange as eleições americanas que serão realizadas dia 8 de novembro, principalmente após Hillary perder a força em sua campanha.
Os números do mercado de trabalho divulgados na sexta-feira (4) foram bons, dando maior força para possibilidade de aumento da taxa de juros em dezembro, chegando a pressionar o Real a R$ 3,21 ao longo do dia.
Analistas apontam dólar de R$ 3,40 a R$ 3,50 em dezembro com uma possível vitória de Trump, pois a proposta do candidato representa a possibilidade de um aumento imediato e mais rápido da taxa de juros americana. Já na hipótese de Hillary vencer, dólar deverá voltar a convergir para normalidade da flutuação de R$ 3,15 a R$ 3,25.
Para próxima semana, além das eleições americanas que dominarão o foco do mercado, investidores estarão de olho nos indicadores Estoques de Petróleo (EUA, na quarta-feira, dia 9), Pedidos de Auxílio-Desemprego (EUA, na quinta-feira, dia 10) e Confiança do Consumidor (EUA, na sexta-feira, dia 11).
No entanto, sem dúvida, os preços estarão sólidos a partir da quarta-feira, dia posterior a definição das eleições americanas.
Até lá, preparem-se para o bom e velho Bang-Bang do Faroeste que o mercado proporcionará, volatilidade a frente!
Mauricio Gaioti é gerente comercial da Omex Ourominas, uma área de negócios criada para atender às necessidades das pequenas e médias mineradoras, cooperativas e garimpeiros e oferecer serviços que vão além da compra e venda de ouro, como logística. E-mail: mauricio.gaioti@hotmail.com