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Chamada de gaseificação por leito fluidizado circulante, a tecnologia promete impulsionar o mercado de carvão mineral nacional, de forma eficiente e limpa. No Brasil, o método foi desenvolvido de forma pioneira pela empresa Delta H.
De acordo com estudo do CGEE, supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apenas 13 nações dispõem de reservas maiores que as brasileiras. No entanto, a produção nacional encontra-se apenas na 26ª posição. “O Brasil é o único possuidor de grandes reservas que não consta entre os maiores produtores mundiais de carvão mineral”, destacou o responsável pela pesquisa, Elyas Medeiros.
Para reverter esse cenário, uma das alternativas apontadas no estudo foi o investimento no processo, que transforma a pedra de carvão em gás, possibilitando diferentes formas de utilização do mineral.
A pesquisa afirma que, seguindo a atual taxa de utilização, as reservas nacionais são suficientes para prover carvão por mais de 500 anos. No entanto, o estudo demonstra que, além de utilizar de forma modesta a reserva nacional disponível, o país ainda importa carvão para o uso siderúrgico, principalmente da Austrália, Estados Unidos, Rússia, Canadá, Colômbia, Venezuela, Indonésia e África do Sul.
“O carvão nacional produzido não possui as propriedades adequadas para este uso com as tecnologias atualmente utilizadas”, disse Medeiros.
A maior reserva de carvão mineral do Brasil fica em Candiota (RS) e responde por 23% do potencial do país. O CGEE firmou uma parceria com a prefeitura do município, que forneceu a matéria-prima para a Delta H realizar os seus experimentos.
Para o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, essa é uma tecnologia sustentável muito importante e resultará na primeira unidade de gaseificação do Brasil. “O município reúne todas as condições para a concretização do projeto ao oferecer a matéria prima necessária. Com certeza daremos um grande salto no que diz respeito ao desenvolvimento e inovações tecnológicas, pois projetos assim são referências no mundo”, afirmou.
O carvão mineral também é chamado de petróleo sólido pela sua grande capacidade energética.O minério possui, atualmente, duas aplicações principais no país: a utilização como combustível para geração de energia elétrica, incluindo o uso energético industrial, e a utilização na siderurgia para a produção de coque, ferro-gusa e aço.
As informações são do website estatal Portal Brasil.