Das 5 mil espécies minerais registradas na Associação Mineralógica Internacional (AMI), apenas 60 surgiram de investigações nacionais.
O grupo de pesquisa norte-americano vai trazer ao Centro equipamentos de alta tecnologia de raios-X para caracterização do solo. O equipamento de Espectroscopia Raman vai permitir que o pesquisador veja cada composto químico inserido numa rocha, em cores diferentes.
“Do ponto de vista estratégico e econômico, este projeto tem uma valia grande, pois muitas dessas pesquisas são importantes para a elaboração de estratégias de exploração de recursos minerais”, disse o pesquisador da área de cristalografia do IFSC e coordenador do Centro Javier Ellena ao NMB.
“Precisamos saber quais minerais temos no solo brasileiro e que eles sejam reportados para a literatura científica”, disse Javier, para quem a mineração pode se potencializar no Brasil, já que há muito o que se descobrir e catalogar.
O Centro poderá prestar serviços às empresas mineradoras. “Nosso intuito é que os recursos caracterizados possam futuramente contribuir para a economia do país” afirmou Javier Ellena. A capacitação de profissionais já está sendo realizada no IFSC.
O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, o Grupo de Cristalografia do IFSC e o Grupo de Espectroscopia Raman da Universidade Federal do Ceará (UFC) com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo vão integrar diversas vertentes de pesquisa no centro de pesquisas Dr. Downs, na Universidade do Arizona.
A instituição americana já desenvolveu projetos como o sistema de difração do Curiosity, robô da Agência Espacial Norte Americana (NASA) utilizado pelas pesquisas realizadas em Marte.