INOVAÇÃO

Nanotubos de carbono tornam cimento mais resistente

A sede do primeiro Centro de Tecnologia em Nanotubos de Carbono (CTNanotubos), no Brasil, foi lan...

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Os nanotubos são resistentes à tração e podem ser 50 vezes mais fortes que o aço, sendo indicados para aplicações em materiais que precisam resistir a altas temperaturas.

No cimento nanoestruturado, já patenteado pelo centro de tecnologia, são adicionados nanotubos aos grãos de silicato que formam a base do cimento. Assim se aumenta a resistência do concreto ao termostresse, que geralmente causa fissuras no material exposto a alternância de calor e resfriamento.

“A ligação entre átomos de carbono é a mais forte da natureza” disse o coordenador do Centro, Marcos Pimenta. O Centro pretende desenvolver um polímero (plástico) “batizado” com nanotubos para agregar alta resistência ao enrijecedor de curvatura, peça utilizada para conectar dutos vindos do fundo do mar à instalações petrolíferas flutuantes.

A sede do CTNanotubos será construída no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec) com o investimento de R$ 36 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Petrobras e do grupo Camargo Corrêa, um dos maiores produtores de cimento do Brasil.

As empresas pretendem reforçar o plástico utilizado pela Petrobras na exploração de petróleo e melhorar a resistência dos cimentos da Camargo Corrêa. O CTNanotubos quer uma sede, fora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para ampliar sua conexão entre o meio empresarial e o acadêmico. As obras devem ficar prontas até o final de 2015.

“Quando estávamos dentro da universidade, tínhamos a intenção de produzir para gerar informação. Hoje, nossa principal intenção é aumentar a aplicação dos nanotubos nos processos industriais” afirma o coordenador.

A produção do CTNanotubos é realizada em média escala atualmente, para uso experimental. Em no máximo um ano e meio haverá produção comercial, segundo Pimenta. “Para isso, além de produzirmos em quantidades maiores, devemos nos esforçar para baratear o produto”, disse o coordenador do centro.

Além de desenvolver aplicações para os nanotubos e transferir tecnologias para as empresas parceiras, o CTNanotubos pretende produzir em escala quase industrial, visando futuras propostas do mercado. Com informações do jornal Folha de S. Paulo e da UFMG.