Segundo os termos do acordo, a subsidiária da Siemens será responsável por fornecer todos os geradores principais, quadros de distribuição, transformadores, motores elétricos e sistemas associados para geração de energia, propulsão, automação e distribuição. A empresa também vai fornecer quadros de distribuição e transformadores para os equipamentos de produção do fundo do mar que serão construídos dentro do PSV.
De acordo com o comunicado enviado ao mercado pela Nautilus, na última segunda-feira (20), esse foi o quarto contrato de longo prazo firmado pela empresa para o estaleiro. O projeto e a construção do navio são responsabilidades da Fujian Mawei Shipbuilding.
A Nautilus contratou GE Oil and Gas, uma divisão da General Eletric, para a montagem da bomba que vai transferir a polpa do fundo do oceano para o navio. A previsão é que a montagem desse sistema, denominado Subsea Slurry and Lift Pump (SSLP), seja reiniciada em julho deste ano.
O primeiro navio de mineração em águas profundas terá geradores, propulsores subaquáticos montáveis, propulsores azimutais retráteis e propulsores de proa da Rolls-Royce. A empresa fornecerá seis unidades do novo grupo gerador a diesel de média velocidade B33:45 ao estaleiro. A Nautilus também fechou contratos com Sandvik, Soil Machine Dynamics, Bedeschi e McGregor.
“Nós estamos especialmente agradecidos por sermos parceiros de mais uma companhia global de classe mundial como a Siemens. O envolvimento deles com nosso primeiro sistema de produção do fundo do mar, em conjunto com os outros pesos pesados da indústria, destaca a qualidade do sistema que estamos construindo”, disse Mike Johnston, CEO da Nautilus.
O projeto Solwara 1 será desenvolvido por meio de uma joint venture formada com a Eda Kopa. Em novembro de 2014, a Nautilus concordou em fretar um navio da Marine Assets Corporation, de Dubai, por quase US$ 200 mil por dia.
A embarcação, que deve ser entregue até o fim de 2017, servirá de base para o projeto. O navio medirá 227 metros de comprimento e 40 metros de largura, com acomodações para até 180 pessoas e pode gerar cerca de 31MW de potência.
A mineradora ganhou os direitos para explorar as costas de Papua Nova Guiné em 2011. A empresa assinou um acordo de venda, em 2012, para suprir a Tongling Nonferrous Metals Group, uma refinaria de cobre chinês, com a produção de Solwara 1.
Os recursos indicados do depósito Solwara 1 são de 1,03 milhão de toneladas de minério com 7.2% de cobre, 5 g/t de ouro, 23 g/t de prata e 0,4% de zinco.