A utilização deste componente tende a ser maior nos próximos anos - principalmente com um tema tão primordial como a eletromobilidade em alta. Quando o futuro da mobilidade é debatido, geralmente está associado aos problemas com trânsito. Porém, questões como eficiência e soluções para o meio ambiente também fazem parte desta evolução.
Segundo estudo da Internacional Copper Association Brazil, o crescimento médio anual das vendas globais de veículos elétricos e híbridos foi de 133% entre 2009 e 2016, com destaque para países como China, Estados Unidos, Noruega, França, Japão e Alemanha, que somados foram responsáveis por 90% das vendas globais de veículos elétricos e de 71% dos híbridos em 2016. No entanto, a comercialização de automóveis desses tipos ainda tem representatividade minúscula no mercado: 1,1% da fatia de 68 milhões vendas totais no mundo. Embora o comportamento de compra ainda indique predileção por veículos convencionais, pode-se dizer que esse aumento pela busca de elétricos e híbridos é significativa e deve acelerar ainda mais nos próximos anos.
No Brasil, o crescimento da busca por veículos elétricos e híbridos ainda esbarra em questões como informação e conscientização, encontrando ainda o preço como principal motivo para a baixa quantidade de compras. Atualmente, a bateria representa 48% do custo de um veículo elétrico. No entanto, estima-se que a partir de 2025, o mercado de eletromobilidade brasileiro terá um cenário diferente, com mais paridade de preço entre elétricos e convencionais, tornando a competitividade mais equilibrada. Uma projeção da Bloomberg New Energy Finance indica queda contínua do valor das baterias, passando de US$ 273 em 2016 para US$ 74 em 2030. Porém, a partir de 2025, com o menor custo das baterias, é esperado que um veículo elétrico atinja igualdade de preço a um convencional.
O motor elétrico, que move os veículos elétricos e híbridos, utiliza uma porcentagem muito maior de cobre que os convencionais. Enquanto o primeiro necessita basicamente de eletricidade para funcionar (com o metal presente em chicotes elétricos, motores de propulsão e bateria), o segundo apresenta somente motores de combustão interna. Desta forma, o cobre deve ganhar mais relevância para o setor.
Os benefícios do cobre
Enquanto os veículos convencionais funcionam com motores de combustão interna e precisam de uma rede de postos de abastecimento (gasolina, etanol ou diesel), os híbridos e elétricos precisam de motor elétrico para rodar e de uma infraestrutura de carregamento baseada materiais elaborados com cobre. No Brasil, ainda são poucas as estações de recarga responsáveis pelo abastecimento de veículos elétricos, que devem aumentar junto com o consumo desses automóveis, mas, por outro lado, a facilidade de recarregá-los em residência é uma vantagem.
Outro ponto a ser levado em conta é que em razão da grande capacidade de reciclagem, o cobre leva vantagem sobre os outros tipos de metais se utilizado em veículos. Neste caso, quando um automóvel sai de circulação no mercado, o cobre pode ser retirado dos equipamentos e reutilizado para a produção de novos motores para esses automóveis elétricos e híbridos. O mais interessante, é que mesmo em reuso, o material não perderá o nível de eficiência e, de quebra, terá relevância também nos princípios de preservação ao meio ambiente. Se as fábricas criarem bons projetos com soluções elétricas, a economia de recursos com a utilização do cobre tornará o mercado de eletromobilidade mais sustentável.
A indústria notou que o uso deste metal é fundamental para o futuro da mobilidade, uma vez que mais de metade do cobre é produzido e utilizado em aplicações elétricas e eletrônicas. Ao mesmo passo que a criação de veículos elétricos e híbridos aumenta, há uma tendência de crescimento do uso do cobre no setor automotivo na mesma proporção.
Miguel Angelo de Carvalho é CEO da Cecil e Elfer, indústrias metalúrgicas de ferro, cobre e alumínio
OPINIÃO
A importância do cobre na era da eletromobilidade
Leia o artigo de opinião de Miguel Angelo de Carvalho, CEO da Cecil e da Elfer
A utilização deste componente tende a ser maior nos próximos anos - principalmente com um tema tão primordial como a eletromobilidade em alta. Quando o futuro da mobilidade é debatido, geralmente está associado aos problemas com trânsito. Porém, questões como eficiência e soluções para o meio ambiente também fazem parte desta evolução.
Segundo estudo da Internacional Copper Association Brazil, o crescimento médio anual das vendas globais de veículos elétricos e híbridos foi de 133% entre 2009 e 2016, com destaque para países como China, Estados Unidos, Noruega, França, Japão e Alemanha, que somados foram responsáveis por 90% das vendas globais de veículos elétricos e de 71% dos híbridos em 2016. No entanto, a comercialização de automóveis desses tipos ainda tem representatividade minúscula no mercado: 1,1% da fatia de 68 milhões vendas totais no mundo. Embora o comportamento de compra ainda indique predileção por veículos convencionais, pode-se dizer que esse aumento pela busca de elétricos e híbridos é significativa e deve acelerar ainda mais nos próximos anos.
No Brasil, o crescimento da busca por veículos elétricos e híbridos ainda esbarra em questões como informação e conscientização, encontrando ainda o preço como principal motivo para a baixa quantidade de compras. Atualmente, a bateria representa 48% do custo de um veículo elétrico. No entanto, estima-se que a partir de 2025, o mercado de eletromobilidade brasileiro terá um cenário diferente, com mais paridade de preço entre elétricos e convencionais, tornando a competitividade mais equilibrada. Uma projeção da Bloomberg New Energy Finance indica queda contínua do valor das baterias, passando de US$ 273 em 2016 para US$ 74 em 2030. Porém, a partir de 2025, com o menor custo das baterias, é esperado que um veículo elétrico atinja igualdade de preço a um convencional.
O motor elétrico, que move os veículos elétricos e híbridos, utiliza uma porcentagem muito maior de cobre que os convencionais. Enquanto o primeiro necessita basicamente de eletricidade para funcionar (com o metal presente em chicotes elétricos, motores de propulsão e bateria), o segundo apresenta somente motores de combustão interna. Desta forma, o cobre deve ganhar mais relevância para o setor.
Os benefícios do cobre
Enquanto os veículos convencionais funcionam com motores de combustão interna e precisam de uma rede de postos de abastecimento (gasolina, etanol ou diesel), os híbridos e elétricos precisam de motor elétrico para rodar e de uma infraestrutura de carregamento baseada materiais elaborados com cobre. No Brasil, ainda são poucas as estações de recarga responsáveis pelo abastecimento de veículos elétricos, que devem aumentar junto com o consumo desses automóveis, mas, por outro lado, a facilidade de recarregá-los em residência é uma vantagem.
Outro ponto a ser levado em conta é que em razão da grande capacidade de reciclagem, o cobre leva vantagem sobre os outros tipos de metais se utilizado em veículos. Neste caso, quando um automóvel sai de circulação no mercado, o cobre pode ser retirado dos equipamentos e reutilizado para a produção de novos motores para esses automóveis elétricos e híbridos. O mais interessante, é que mesmo em reuso, o material não perderá o nível de eficiência e, de quebra, terá relevância também nos princípios de preservação ao meio ambiente. Se as fábricas criarem bons projetos com soluções elétricas, a economia de recursos com a utilização do cobre tornará o mercado de eletromobilidade mais sustentável.
A indústria notou que o uso deste metal é fundamental para o futuro da mobilidade, uma vez que mais de metade do cobre é produzido e utilizado em aplicações elétricas e eletrônicas. Ao mesmo passo que a criação de veículos elétricos e híbridos aumenta, há uma tendência de crescimento do uso do cobre no setor automotivo na mesma proporção.
Miguel Angelo de Carvalho é CEO da Cecil e Elfer, indústrias metalúrgicas de ferro, cobre e alumínio
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