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"Nosso negócio de metais básicos, da qual Long Harbour é parte integrante, é uma importante contribuição para o nosso sucesso global e, em parte, graças às contribuições de nossas operações no Canadá, este ano vamos superar a Norilsk Nickel e nos tornar a maior produtora de níquel do mundo", disse Ferreira.
O primeiro volume de níquel da planta de processamento hidrometalúrgica foi produzido utilizando mate de níquel importado da Indonésia pela Vale. O mate de níquel é considerado mais fácil de trabalhar do que o minério obtido na mina da empresa em Voisey Bay, na província de Labrador, também no Canadá.
"É a unidade hidrometalúrgica mais avançada da indústria", disse Jennifer Maki, diretora-executiva para Metais Básicos, que assumiu recentemente o cargo substituindo Peter Poppinga, que passou a ocupar a diretoria executiva de Ferrosos.
Segundo Maki, 8,5 milhões de horas de trabalho foram necessárias para a construção da planta, que foi concluída sem registro de acidentes com afastamento. Cerca de 6 mil pessoas trabalharam no projeto no auge das obras e, atualmente, são 371 contratados, número que pode chegar a 500.
O governo do Canadá foi representado na inauguração pelo senador Norm Doyle, que esteve em Long Harbour, no início deste ano, para anunciar um financiamento federal para ajudar a cidade a estabelecer um parque industrial voltado para empresas de serviços, com o objetivo de atender operações e pessoal da Vale.
A produção de níquel da Vale no terceiro trimestre deste ano registrou alta de 16% e superou as estimativas dos analistas. O volume coloca a companhia próxima da meta de produção de 289 mil toneladas em 2014, volume maior do que o previsto pela Norilsk Nickel, maior produtora mundial do metal atualmente, que planeja produzir 230 mil toneladas este ano.
A Vale tem aumentado a produção de níquel nos últimos seis anos, mesmo em um contexto de queda nos preços do metal. Desde que comprou a canadense Inco, em 2006, a mineradora tem superado uma série de contratempos, incluindo greves no Canadá, falhas nas plantas do Brasil e um vazamento de ácido na Nova Caledônia. Com informações do jornal canadense Northern Pen.