O sistema é composto por um sensor, que deve ser instalado no ponto mais alto da região a ser monitorada, um console e um monitor touchscreen. O sensor avalia o campo elétrico de uma área próxima a dez quilômetros de onde foi instalado e envia as informações para o monitor, para que os responsáveis possam interpretar e alertar os trabalhadores sobre a possibilidade de raios na área.
O engenheiro eletricista da Senior, Rogy Valácio, disse que a empresa conheceu o sistema depois de ser procurado por mineradoras aqui no Brasil, com a demanda para oferecerem soluções nesse sentido. Depois de pesquisar com várias empresas no país e no exterior, a Senior optou por trazer ao país a ATStorm, da espanhola Aplicaciones Tecnológicas.
Valácio contou que os sistemas encontrados no país mediam apenas o campo magnético da região, método que possível somente após a queda de um raio. Segundo o engenheiro, isso faz com que as medições não sejam tão precisas. “Às vezes, uma tempestade muda de direção e a informação pode chegar muito atrasada ou com muita antecedência”, explica.
O engenheiro explica que operações temporárias, como, por exemplo, obras, podem adquirir o produto e utilizar seus serviços enquanto for necessário.
A solução oferecida pelo ATStorm, por sua vez, mede o crescimento do campo elétrico, ou seja, prevê onde o raio vai cair. De acordo com a desenvolvedora, esse é o diferencial do equipamento.
No Brasil, a Vale já utiliza o ATStorm em suas operações de minério de ferro S11D e na mina de Carajás, ambas no Pará. A mineradora já possui, ao todo, seis equipamentos em funcionamento.
A Senior Engenharia negocia o fornecimento do equipamento para outras mineradoras no Brasil. A próxima empresa a testar o equipamento é a Petrobras, que utilizará o ATStorm em sua unidade Regap, em Betim.
A Senior Engenharia e Serviços integra o grupo Senior, que inclui outras duas frentes de negócios: Senior Montagens e Senior Equipamentos. A sede da empresa fica em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).