“Esse convênio de cooperação técnica é uma iniciativa fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento de soluções sustentáveis para reabilitação de áreas mineradas. Os trabalhos desenvolvidos em Paragominas poderão servir de exemplo para outras minas de bauxita no Brasil e no mundo”, disse Domingos Campos, diretor de Saúde, Segurança e Meio Ambiente.
Pesquisadores brasileiros e europeus de diferentes áreas realizaram os primeiros levantamentos na área de Paragominas no último mês de abril. Eles conheceram a área em que ocorrem as atividades de mineração e coletaram amostras de insetos e líquens, que são importantes indicadores da biodiversidade para o processo de reabilitação da área após a retirada da bauxita.
Os comitês diretor e científico do convênio assinado entre os países selecionou três projetos para serem desenvolvidos dentro da proposta da Hydro em reabilitar áreas mineradas. Dois projetos da Universidade Federal do Pará e um da Universidade Federal Rural da Amazônia vão se juntar aos outros dez que a empresa dá andamento em Paragominas.
Desses dez projetos, sete são executados pela Hydro e os outros três são responsabilidade de especialistas da Universidade de Oslo, da Noruega. Torkjell Leira, coordenador de um dos projetos da universidade norueguesa, disse que a visita à área de Paragominas foi produtiva para os estudos.
“Conseguimos ver todas as áreas operacionais que não tivemos tempo de ver na primeira visita. Os pesquisadores também começaram a armar estruturas para capturar insetos e borboletas, além e também coletarem amostras de fungos e líquens”, afirmou Leira.
Segundo a Hydro, o mapeamento e a análise da biodiversidade da área de Paragominas vão ser fundamentais para o andamento do projeto de reabilitação. Os dados vão servir como referência para as áreas reflorestadas após o trabalho de lavra de bauxita.
“Essa é uma das principais linhas de pesquisa do convênio: ter .melhor conhecimento da biodiversidade existente na área de lavra e, então, criar sistemas de monitoramento de biodiversidade mais efetivos”, disse Leira.