O projeto, que é desenvolvido pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e a empresa Brasil Ozônio, tem investimento aprovado de R$ 9,8 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômica e Social (BNDES).
A primeira mina de urânio do Brasil, localizada em Caldas (MG) e desativada desde 1995, será campo de pesquisa e testes para tratamento de passivos ambientais resultantes de atividades de mineração.
Os estudos buscam comprovar ensaios já realizados em laboratório, testando-os em uma escala maior, e analisar os custos para aplicação da tecnologia. A ideia é que utilizando o gás ozônio em água ácida seria possível tirar metais pesados como o manganês e o ferro. E ao aplicá-lo nas pilhas de resíduos do solo minerado, microrganismos que produzem água ácida seriam eliminados.
Além de disponibilizar o terreno, os laboratórios da INB Caldas também farão o controle analítico. O projeto conta com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da Comissão de Energia Nuclear (CNEN).
A produção brasileira de urânio começou em 1982, no município de Caldas, sul de Minas Gerais, onde uma reserva foi explorada durante 13 anos para abastecer a usina de Angra 1.
Na unidade, que está em fase de descomissionamento, funciona um Laboratório Ambiental de Análises Químicas e Radiológicas e um Laboratório de Desenvolvimento de Processo Industrial. Também na INB Caldas foi montada a usina-piloto que testou o processo industrial que será implantado na futura unidade de Santa Quitéria (CE), para separar o fosfato e o urânio presentes no minério daquela região.