Na operação Minamata, o órgão apreendeu cinco caminhões basculantes, três escavadeiras, duas pás-carregadeiras e diversos motores, moinhos e demais equipamentos de mineração, além de uma motosserra sem licença.
A operação, que contou com o apoio da Polícia Militar Ambiental, tem como finalidade apurar as denúncias feitas pelo Ministério Público do Estado do Mato Grosso. Bem como averiguar a existência de atividades de mineração irregulares, cujos alvos foram identificados a partir de informações colhidas no website Sigmine, do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), associado à interpretação de imagens de satélite pelos técnicos do Ibama.
Complementando as ações da Operação Termômetro, que atuará em conjunto com a Minamata, será investigado o comércio de mercúrio na região. Neste ano, três empresas que comercializavam mercúrio tiveram seu cadastro técnico federal (CTF) suspenso para averiguações.
No distrito de Cangas, foi localizado um empreendimento de mineração sem licença ambiental. Contrariando as declarações do responsável pelo garimpo de que não possuía mercúrio no local, os agentes de fiscalização localizaram um frasco irregular contendo o produto imerso em água. Após receber os autos de infração e os termos de embargo e o de apreensão dos veículos e equipamentos, o proprietário foi conduzido pela Polícia Militar Ambiental para a delegacia de Várzea Grande.
No município de Nossa Senhora do Livramento, duas das mineradoras visitadas foram multadas e tiveram áreas embargadas por estarem explorando áreas fora do perímetro de suas licenças. Duas escavadeiras e três caminhões basculantes foram surpreendidos em plena atividade nas áreas irregulares e foram apreendidos. Ainda na zona rural livramentense, foi localizada uma área de extração mineral ilegal desativada com muitos resíduos perigosos abandonados de forma inadequada.
O desmatamento chegou tão próximo de uma rodovia que a coloca em risco de desmoronamento. O proprietário da área que, segundo um vigilante do imóvel, reside na cidade vizinha de Várzea Grande, será notificado para providenciar a recuperação da área degradada.
Segundo o analista ambiental Werikson Trigueiro, superintendente em exercício do Ibama de Mato Grosso, “O desmatamento ilegal na região do Pantanal Mato-grossense é um problema grave, mas a contaminação do solo com derivados de petróleo e com mercúrio é uma questão gravíssima”. As informações são do website do Ibama.