De acordo com o coordenador do projeto, o químico ambiental Luiz Carlos de Oliveira, a escolha do nióbio foi feita pela abundância do minério no país. “Noventa e cinco por cento do nióbio existente no mundo está em Minas Gerais. Precisamos aproveitar nossas jazidas”, afirma.
A pesquisa, que começou em 2011, já passou pelos testes de bancada e agora está em processo de simulação de produção industrial.
“A glicerina é composta de três carbonos unidos. Quando entra em contato com o nióbio, que tem ação oxidante, separa-se e forma três moléculas de ácido fórmico. Queremos saber se a reação pode ocorrer em larga escala, em quanto tempo e quanto seria gasto”, diz Oliveira.
A próxima etapa é um estudo de mercado para a construção de um polo industrial de reaproveitamento de glicerina. A equipe pretende entregar o estudo até agosto de 2014, para que a Petrobras avalie a possibilidade de investimento.
“Como é uma técnica inovadora, sustentável e que aproveita recursos nacionais, acredito que não vai demorar muito para ser empregada”, diz Queiroz.
Coproduto do biodiesel, a glicerina tem pH muito baixo e, ao entrar em contato com os rios e lagoas, pode aumentar a acidez do meio e prejudicar o ecossistema. Simultaneamente, ela possui muita matéria orgânica, que pode causar o crescimento excessivo da vegetação nesses locais.
Se aprovado o novo processo, os pesquisadores prometem diminuir o impacto ambiental da produção do biodiesel.
As informações são do portal Ciência Hoje Online.